O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, dezembro 12, 2001

Viens mom beau chat, sur mon coeur amoureux... Baudelaire

BASTIT



São os teus olhos cor de amêndoa que me olham doces,
que me põem tonta de tanto te olhar.

São os teus olhos fixos na imensidão do que eu sinto
que me fazem estremecer de tanto te amar...

São os teus olhos de gata que pousam brandos nas minhas mãos,
que afagam o meu desejo de te acariciar...

Desejo suspenso no mais íntimo receio de te assustar.
E para que não fujas e me deixes,
finjo que não sou de carne e osso
e evito diante de ti chorar a imensidão do meu ensejo
de te afagar.

2 comentários:

Ná M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rosaleonor disse...

Ana Eu nunca sei se você tem acesso a respostas...
abraço-a com carinho!