O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, março 10, 2002



HINO A ASTARTEIA

Mãe inexaurível, incorruptível, criadora, a primeira nascida,
por ti mesma engendrada, de ti concebida,
só de ti provinda e que em ti te congratulas, Astarteia!

Ó perpetuamente fecunda, ó virgem e de tudo nutriz,
casta e lasciva, pura e fruidora, inefável, nocturna,
suave, respiradora do fogo, do mar espuma!

Tu que em segredo concebes a graça, tu que unes,
tu que amas, tu que invades com desejo furioso
as raças multiplicadas dos animais selvagens
e os sexos acasalados pelas florestas,

Ó irresistível Astarteia, escuta-me,
arrebata-me, possui-me, ó lua!
E todos os anos, treze vezes, arranca
às minhas entranhas a libação do sangue!


"As canções de Bilitis" de Pierre Louis

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Quero agradecer à Carolina Roana e à Tanea a simpatia e o envio de imagens lindíssimas assim como as palavras de apoio.
Essas palavras são muito importantes para mim pois muitas vezes me pergundo o que é que adianto ao querer partilhar com outras almas e outras mulheres o que me é mais grato e falo do meu coração, neste espaço invisível e silencioso em que dificilmente ouvimos um eco...

Mais a mais parece que o "comente" não está a resultar!
Gostaria que me escrevessem e me dessem as suas opiniões com toda a sinceridade!

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