O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 25, 2002


Por todos os "25 de Abril"

Para mim, todas as lutas e todas as revoluções, todas as descobertas, cientificas e outras, todas as transformações, manifestações de paz e de igualdade, de contra ou a favor do que quer que seja desde há séculos, hoje ou amanhã, seja contra Salazar ou contra LE Pen (de morte!), na Itália ou na Áustria, nada mudará o mundo enquanto à MULHER não for restituida a sua totalidade de SER integro, sem que ela "precise" de se servir do seu sexo para "prender" o homem (que a explora), para seduzir, engatar, conquistar, sobreviver ou ter um lugar no mundo e na sociedade à custa do seu corpo seja como mãe seja como prostituta. Que a sexualidade da mulher tenha o mesmo valor que a maternidade! Que não se separe mais a mulher em duas e a todas as mulheres seja dada a mesma dignificação e respeito, do que depende inteiramente a sacralidade do Amor ou se preferirem do Erotismo e também a Paz no mundo. Acabar com a "outra" é acabar com a caça às "bruxas", perseguição que as mulheres se fazem ainda umas às "outras"... Nesta divisão de duas metades da humanidade e a superioridade de uma está todo o dilema!
A MULHER tem de SER SENHORA DE SI MESMA. E sem que ela descubra porque foi perseguida e ainda hoje é segregada e dividida no mundo inteiro, o mundo nunca evoluirá!

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