O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 20, 2002


A PROPÓSITO DAS ROSAS, SUBROSAS OU DIVINAS...

" Rosa é flor feminina que se dá toda e tanto que para ela só resta a alegria de se ter dado. Seu perfume é mistério doido. Quando profundamente aspirada, toca no fundo íntimo do coração e deixa o interior do corpo inteiro perfumado. O modo dela se abrir em mulher é belíssimo. As pétalas têm gosto bom na boca – é só experimentar. Mas rosa não é it. É ela. As encarnadas são de grande sensualidade. As brancas são a paz de Deus. É muito raro encontrar na casa de flores rosas brancas. As amarelas são de um alarme alegre. As cor-de-rosa são em geral mais carnudas e têm a cor por excelência. As alaranjadas são produtos de enxerto e são sexualmente atraentes.

COM CLARICE LISPECTOR E COM A ANA...

Y yo todas las rosas te daria...

MADRE

Madre que acune mi vivir dolido,
que me vele esta noche de tal frio,
que com mano piedosa el hilo mío...

Que me lleve consigo, adormecido,
mientras cruzo el parje más sombrío...
Y que me lave el alma en ese rio...

Mi orgullo varonil podria dar
y aun mi ciencia daría muy sereno
por mi débil niñez recuperar.

Y tranquilo, feliz, dócil seria,
se pudiera dormir sobre tu seno,
si tú fueras, amada, madre mia!


ANTERO DE QUENTAL

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