O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, agosto 09, 2002



A mulher alma

por Rubia Americano Dantés - VIDA NOVA

"Eu adoro conversar com minha alma dentro do meu coração... ela se apresenta para mim com muitas formas e me dá muitas lições... lições que são importantes naquele momento que estou vivendo... pode ser que em outro momento ela venha com outra aparência e me ensine coisas que até sejam contraditórias..."
(...)



"Enquanto falava com um movimento leve me mostrou a pequena concha fechada que trazia nas mãos...
Eu olhei nos olhos daquela mulher, que não tinha nenhuma cara de alma, e vi a serenidade de quem não quer nada porque tem a certeza de que já tem o que quer... É só assim que consigo definir aquele olhar...
Fiquei ali sem palavras... olhando sem compreender, aquela pequena concha fechada... aquela mulher que tinha no olhar e nas mãos o que tem sido minha busca incansável...
Ali... bem ao alcance das minhas mãos, tudo que eu tenho buscado, fechado em uma pequena concha... era só pegar e abrir...
E com um movimento que pra mim durou uma eternidade ela lançou a concha no mar profundo...
Quase sem ar consegui falar um
- Mas...
Sem acreditar que, o que sempre busquei, agora estava perdido no mar profundo... entre milhares de outras conchas...
Entendendo minha angústia a mulher sorriu e disse ...
- Não está mais longe do que sempre esteve... está onde sempre esteve... como essa concha...



Enquanto falava, a concha, como que por magia apareceu de novo na pequena mão...
O que você tanto busca está o tempo todo ao seu alcance... você é que sempre o lança para um lugar distante e aparentemente inacessível cada vez que não acredita que é capaz de realizar o seu Dom...
Nem tentei pegar a concha que estava ali agora disponível ao meu alcance... Entendi a mensagem e me lembrei das vezes em que o Universo me mostrou partes do meu Dom e eu, por não acreditar ou não ter persistência para insistir, o colocava longe e inacessível... como a concha no mar profundo..."

(...)

AMAR

Amar! mas de um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delírios e desejos
De uma doida cabeça encanecida.


Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetra o meu ser - não só de beijos
Dados no ar - delírios e desejos
Mas amor... dos amores que têm vida.


Antero de Quental

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