O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 08, 2003

"A ALMA É UM CORPO DE MULHER"
Giulia Sissa


Por um 8 de Março, um dia comemorado sem a verdadeira VOZ da Mulher

Mulheres sujeitas à desigualdade e à permanente violência pelo:

MODELO DOMINADOR DAS RELAÇÕES HUMANAS

"A moderna ascenção do nazismo e de outras ideologias direitistas é muito lamentada por aqueles que albergam ainda a esperança de podermos prosseguir a nossa evolução cultural. Essas pessoas notam alarmadas que as ideologias de direita reimporiam o autoritarismo, fazendo-nos regressar a um tempo de ainda maior injustiça e desigualdade.Sentem-se particularmente alarmadas pelo militarismo de direitistas e neo-direitistas, pela sua idealização da violência, derramamento de sangue e guerra, reconhecendo o perigo iminente que esta forma de pensamento constitui para a nossa segurança e sobrevivência. "(...)

in "O CÁLICE E A ESPADA"




O SILÊNCIO DAS MULHERES...


"Enquanto as mulheres permanecerem em silêncio, estarão excluídas do processo histórico. Mas, se começarem a falar e a escreverem como os homens, entrarão na história subjugadas e alienadas; trata-se de uma história que, logicamente falando, o seu discurso deveria desintegrar

Aquilo de que nós precisamos, tal como propôs Mary Jacobus, é uma escrita de mulher que funcione dentro do discurso "masculino", mas que trabalhe "ininterruptamente para o desconstruir: para escrever o que não pode ser escrito"; e, de acordo com Soshana Felman, " o desafio com o qual a mulher é hoje confrontada é nada menos do que o de "reinventar" a linguagem...o de falar, não só contra, como também fora da estrutura falocêntrica especular, o de estabelecer um discurso cujo estatuto não seja definido pela falácia do significado masculino"


in "GÉNERO, IDENTIDADE E DESEJO"

Antologia Crítica do Feminismo Contemporâneo
Organização de
ANA GABRIELA MACEDO



A MULHER - "ÁGUA VIVA"

Eu que fabrico o futuro como uma aranha diligente.
E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o que.


CLARICE LISPECTOR

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