O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 03, 2003

O CAMINHO: EXÍLIO
E PEREGRINAÇÃO.


IRREFLEXÕES de Y.K.Centeno



OS PORTAIS DO TEMPO

(...)
Como podemos ainda sorrir, chegar incólumes ao dia seguinte,
ver o nosso rosto nos espelho das manhâs
indiferente ao que se passa em seu redor
pactuando com a ganância, insensíveis à dor
cúmplices,
cúmplices de tamanho herror

(...)
Neste momento histórico somos
gente que perdeu filiação divina
o sentido de eternidade
e até o sentido de humanidade.
Gente que exalta e propaga a violência,
gente que promove o luxo e o recusa,
gente que cala e consente o regresso à barbárie!


(...)
EXCERTOS DO LIVRO
de ANTÓNIA DE SOUSA


* * * *

"Il ne faut pas toucher
aux ténèbres des gens"


Y.K.Centeno

Sem comentários: