O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 20, 2003

"Devemos rezar ou escrever orações?
O que é certo é que o princípio de expansão, imanente à nossa natureza nos faz olhar os méritos de outrem como uma violação dos nossos, como uma provocação contínua. Se a glória nos está proibida, ou nos é inacessível, acusamos disso aqueles que a alcançaram, pois só terão podido obtê-la, pensamos nós, esquivando-no-la: cabia-nos a nós por direito, pertencia-nos e, sem maquinarias desses usurpadores, teria sido nossa.

E. Cioran

Eu vou aqui abrir uma excepção e dizer o que sinto muito concretamente:

Hoje dei um passeio por alguns Blogues portugueses e vi que eram Blogues portugueses...

Ou são políticos ou falam de futebol e são misóginos - ai as louras portugas que não são a mulher do Figo - ou são bem intencionados e sempre melhores que os outros...
Há sempre a excepção à regra evidentemente!

MAS PORQUE É QUE SOMOS ASSIM NÓS OS PORTUGUESES?

A mesma maldade de julgar SEM SER CONSTRUTIVAMENTE e "amandar abaixo" os outros, rir de TUDO E TODOS?

Com a mesma língua, os brasileiros são agradáveis uns com os outros, positivos e lúdicos...de coração aberto...quase sempre. Ajudam-se e brincam: Tudo "numa boa" enquanto nós aqui é tudo "numa má"...

Que diferença meu Deus e não será que temos o mesmo "Deus"?


Fiquei triste e eu até tenho uma amiga de peito - MELUSINE - que é terrível e não pode ser mais cáustica na visão dos homens e do mundo, MAS sabendo E TENDO EM CONTA que todos somos O ANJO E A BESTA, sem tirar nem por...
Quando chega a altura, todos metemos a pata na poça...só que a poça é sempre diferente e nós não a vemos!

NÃO DIZIAM AS NOSSAS AVÓS PARA NÃO CUSPIRMOS PARA O AR (e AR não significa Assembleia da Republica, mas AR DE VIDA ) QUE NOS CAI EM CIMA?

Como não sou "tia" vão-me dizer:" ó avozinha, deixa-nos na nossa"?

Vá lá sejamos originais e não batamos MAIS no ceguinho. Assim não avançamos! Temos de ser nós próprios criativos?
Não era mais nobre CRIAR E SER ORIGINAL... ou recorrermos a seres que nos inspirem, poetas e escritores, VISIONÁRIOS DE UM MUNDO NOVO?

ASSIM O PAÍS NÃO AVANÇA!
Que pena...



"A volúpia de se ser desconhecido ou incompreendido é rara; contudo pensando bem no caso, não equivalerá ao orgulho de um triunfo sobre as vaidades e as honras? Ao desejo de um renome inabitual e como que de uma celebridade sem público?"
E.M. CIORAN

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