O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, outubro 22, 2003

"A GRANDE DEUSA" - de Jean Markale

>"Apesar dos discursos que se pretendem feministas, apesar de importantes concessões feitas ao apostolado das mulheres, a regra é sempre masculina: só um homem pode representar Jesus, e, portanto, Deus pai, pois admitir as mulheres à função sacerdotal seria voltar aos cultos julgados escandalosos anteriores ao cristianismo."

Isto depois do Culto da Mãe e da Grande Deusa, em que as mulheres eram as detentoras do amor e cura e sacerdotisas por direito e dever; tempo em que a humanidade vivia em paz e harmonia durante milénios, muito antes da "História" dos homens e das suas invasões bárbaras. Foi nessa época remota que começaram a escravizar as mulheres: primeiro dividindo-as entre eles e vendendo as jovens para prostuitição e depois escravizaram os próprios homens, começando assim a Idade do Ferro em que a Besta humana impera. História de guerra e destruição do mundo e perda dos direitos equalitários que existiam, em detrimento das mulheres e que ainda vivemos hoje....



SEC.XXI
UMA MULHER POR APENAS 50 DÓLARES
Na Albânia e na Arménia



"Tráfico de seres humanos movimenta mais de 12 mil milhões de dólares.
Portugal ainda não retificou combate promovido pela ONU.

in Diário de Notícias.

No mesmo jornal vinha a notícia de 55 brasileiras libertas pela polícia portuguesa de uma Mafia que as explorava e obrigava a prostituir no norte de Portugal e em Espanha. Estas e as meninas de Bragança - que já apareceram na TIME - e outras que para aí andam e na Europa inteira são mulheres escravizadas que a "Madre Igreja" e os Governos de todo o mundo contribuiram ao longo dos séculos para manter e pouco fizeram ou fazem para mudar em profundidade.

Nenhuma ideologia mudou a face da Prostituição encarando-a sempre como necessária e como facto natural...e não é assim! A História Verdadeira ainda não foi contada!
Gastam-se milhões de dólares em máquinas de Guerra e os mesmos homens que matam outros homens, exploram e usam e matam as mulheres e as crianças na cara de todos nós e vimos isso tudo em directo quase e todos os dias como um filme de ficção na televisão! E no filme entra também o "exterminador" e as "crianças" seduzidas para a Armada em "defesa" do quintalinho poluido à beira mar...com meninas sargentas de serviço - como isco? - a recebê-los... este é um Novo Portugal?


E AS ESCUTAS?
Para os media e o povo incauto, o grave não é o crime que lesa a liberdade e a privacidade do indivíduo, mas a o "defecar pela boca" que é o que todos fazem na (vida) privada e pública - televisão e jornais! - e na nossa cara!!!

Não anda tudo invertido neste País?


"O poder que os homens exercem sobre as mulheres em todo o lado, poder esse que se tornou modelo de todas as formas de exploração e de controlo ilegítimo?
(1978 - Adrienne Riche)

"Eu iria ao ponto de afirmar que mesmo antes de existir escravatura ou domínio de classes, o homem tinha feito uma abordagem da mulher que serviria um dia para introduzir diferenças entre toda a gente."
(Levi-Strausse)

1 comentário:

Ná M. disse...

EU LI ESSE LIVRO FAZ UNS 15 DIAS , É MUITO BOM