O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

A RAZÃO DAS MULHERES
Se já leu releia, copie, pense, relembre estas palavras para si mesma. Todas as mulheres precisam de ser lúcidas.

UM HINO AO SER MULHER

"Não sou feminista. Sou antropologicamente lúcida"


“No tempo actual, a voz da mulher junta-se ao coro de vozes discordantes da humanidade, tendo outras raízes - é uma flor gritante que vai dar frutos, mas tem de se aperceber disso e pensar melhor na relação com o Outro. Já nenhuma parede de vidro a protege. Agora, o diálogo das vozes é um novo e duro corpo a corpo: uma batalha que se desenha. E no fundo, ela quer vencer, ser uma nova Amazona, mas não deseja perder um seio. Nem deve. Não deve perder a feminilidade, a singularidade do seu ser, a origem da sua criatividade específica. O seu contributo é o espírito. Mesmo quando se transforma em acto, a sua mão não deve esquece-se de que existe para colher e acolher. Essa é a capacidade específica da mulher: produzir, mas não reproduzir apenas. E o homem não pode ser o seu modelo”

O homem acusa a mulher de não pensar com a mesma estruturação que ele, como se isso fosse um defeito. Essa atitude masculina pressupõe que o sistema criado por ele próprio é o único válido. A mulher tem a capacidade de compreender no concreto, de relacionar. Tem aí uma palavra a dizer.
Não sou feminista. Sou antropologicamente lúcida.”


ANA HATHERLY
in DIÁRIO DE NOTÍCIAS

"ORA, LEGE, LEGE, LEGE RELEGE, LABORA ET IN VENIES."
Reza, lê, lê, lê, relê, trabalha e conseguirás...

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