O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 26, 2004



O LIVRO TIBETANO
DA VIDA E DA MORTE


Planear o futuro é como ir à pesca num lago seco;
Nada funciona como pretendes e por isso desiste
dos teus planos e ambições.
Se queres, na verdade, pensar em qualquer coisa,
Pensa na incerteza da hora da tua morte...


"As nossas vidas parecem gastar-nos, parecem possuir um momentum próprio, arrastando-nos consigo. No fim descobrimos que não temos escolha ou domínio sobre elas. Claro que,por vezes, nos sentimos mal por causa disso, temos pesadelos e acordamos a suar, interrogando-nos: "Que ando aqui a fazer com a minha vida?" Todavia, os nossos receios duram apenas até ao pequeno-almoço. A seguir pegamos na mala...e volta tudo ao princípio."


Sogyal Rinpoche

PREFÁCIO - EDITORA

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