O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 19, 2004

“O mundo actual não dignifica a mulher.
A mulher é considerada o sexo fraco e é tratada como um objecto sexual “.

Mulher cruxificada - Eric Drooker

Ver como ainda hoje se trata a questão do Aborto e da Prostituição como assunto legal e social independente dos sentimentos pessoais, da vontade e da consciência da própria mulher...


“A Mulher só serve para criar os filhos”
e ser criada ou empregada das muitas lavagens ao cérebro que lhe fazem e mesmo na política é usada meramente como voz morta e se usar o discurso masculino não passando nunca de figura de estilo e às vezes de retórica...
Porque é que nenhuma mulher nos Partido Políticos em Portugal, por exemplo, se apresentaram como candidatas a 1º Ministro? Porque na verdade os homens as rejeitam e as bases não acreditam no Valor intrínseco de Uma Mulher...

“A idade é a medida de valor de uma mulher.”
O corpo e o sexo é a medida de valor de uma mulher.


“As mulheres têm sido alvos de uma das mais sofisticadas e insidiosas conspirações. Milhares de anos de história têm sido reescritos com o objectivo de apagar da memória colectiva o facto de os homens nem sempre terem ocupado os lugares de chefia. A evidência arquológica defende a existência de um periodo de vinte mil anos de história durante o qual homens e mulheres viviam em igualdade, sem o domínio de nenhum sexo sobre o outro. A terra prosperava.As tão apregoadas características femininas da compaixão, educação e não violência eram partilhadas por homens , mulheres e pelos elementos fundamentais da estrutura social.
As mulheres eram veneradas como sacerdotisas e curandeiras. As nossas forças intuitivas não eram desprezadas e mas respeitadas. A nossa maneira de ser espontânea de pensar e de sentir era vista como uma harmonia criativa, e não como “coisas de mulheres”. Os nossos companheiros e amantes, os nossos filhos e amigos, consideravam-nos sacerdotisas naturais. O nosso poder conciliador era fruto da nossa ligação compassiva com o espírito e com a terra. Mas desviámo-nos do nosso rumo e a Deusa ocultou-se.”


Mulheres: “Não esperem que o mundo vos ampare ou reconheça a vossa identidade enquanto mulheres. O mundo despreza-vos.”

Mas a Deusa adora-vos...
por isso acordai a Deusa dentro do vosso ser.


“A Deusa desperta dentro de nós, antes de despertar para o mundo. Devemos tomar consciência da sua existência. Devemos honrá-la, adorá-la, venerá-la, seja qual for o nome que lhe damos. Se o não fizermos estamos a ofender-nos a nós própria. Ela é a nossa essência deminina. Ela é o poder feminino e a glória espiritual que existe em todas as mulheres e homens.”

Não deixemos pois que o Estado e os políticos a Igreja e os Bispos e os padres façam da nossa essência um culto distante do nosso ser condenando-nos ao altar e ao prostíbulo ou à rua! Sejamos uma só mulher, nem santa nem puta, mas o que somos desde sempre, as três deusas em uma: Mãe e Amante e Sábia.
Sejamos a mulher inteira que não renega nenhuma parte de si mesma e que tem todo o direito de expressar o seu ser em liberdade na face que entender e ser responsável das suas acções sem que tenha necessidade da tutela masculina.
Não esqueçam! Somos nós as Mães quem primeiro tem os filhos ao colo e os amamenta e educa...e no entanto...porque é que "os filhas da mãe" se sentem tão diminuidos por isso ou por serem "filhos da puta" quando eles é que a criaram? E se são suas "vítimas", as primeiras vítimas foram as mulheres dos "filhos do pai, os "filhos de algo" (os fidalgos...) que condenaram as mulheres e ainda hoje lhe atribuem esse estatuto ou as matam e violentam quando não obedecemos às suas leis?

(Texto entre aspas, excertos do livro: O VALOR DE UMA MULHER de M.W.)

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