O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, novembro 28, 2004

devientART

Uma jovem dirigente comunista disse ontem no Congresso do PCP em Almada:

“Não existe nada mais velho que a exploração do homem pelo homem”...

Por simpatia com essa jovem, em memória da minha juventude comunista, eu digo-lhe que há uma exploração muito mais velha do que a do homem pelo homem; há a exploração da mulher pelo homem a todos os níveis e essa é de facto a mais antiga exploração e profissão do mundo...

Quando A. Cunhal evoca ainda as mulheres no fim da sua lista e todos os comunistas o podem Ter feito, eu lembro-me que a causa das mulheres nunca foi a deles, nem de nenhuma ideologia de classe, pois a mulher ficou sempre à margem de todas e foi usada apenas para propaganda eleitoral ou partidária e também por eles sempre colocada à margem das chefias...

Por estas e por outras é que eu lamento a falta de CONSCIÊNCIA DO FEMININO...tanto nos homens como nas próprias mulheres porque a Mulher nunca teve uma classe que não usasse e abusasse dela!


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