O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 22, 2005

Ainda sobre o casal alquímico


VÊS A REALIZAÇÃO DESSE CASAL COMO UMA NECESSIDADE PARA O SER HUMANO?

" - Penso que é uma necessidade, mas eu a destacaria dos problemas da sexualidade. Quanto mais progredimos na compreensão dessas energias, mais nos damos conta de que o aspecto material - tal como é vivido hoje - é uma espécie de degradação do que é verdadeiramente amor. Não digo que essa busca deva fazer-se sem a expressão concreta da sexualidade, mas - nas condições culturais actuais - a sexualidade está pervertida para muita gente. Os mídia desenvolvem insidiosamente a necessidade de sensações fortes, a busca do orgasmo mítico, um “reality-show” da alma."
(...)

O AMOR PARECE-ME DIFERENTE DA VONTADE...

- Eu não disse que para amar é preciso querer amar. Para amar é preciso Ter vontade de ir explorar com toda a lucidez todas as múltiplas facetas do amor tal como um diamante bruto, retirado com esforço da terra e no qual podemos imaginar múltiplos brilhos potenciais. Amar não é um dado imediato, directamente acessível, mesmo no caso da mágica paixão à primeira vista. Amar é obra de cada instante que se constrói e se tece, com paciência e determinação, tacteando e duvidando, iluminado antecipadamente pelos raios de luz do diamante imaginado. O amor no sentido mais amplo do termo é uma busca contínua, incessante comparável nesse sentido à busca da Pedra Filosofal, com o adendo de que temos um companheiro ou companheira, que somos dois a fazer essa busca, e sabemos talvez melhor onde vamos do que estando sós! Então, se voltarmos à tua pergunta dos casais que se separam porque não quiseram aprofundar essas ligações subtis ou se eles tiveram a impressão desastrosa e angustiante de não encontrar nada...

>A visão material da vida que temos de nos servir unicamente dos cinco sentidos é frustrante. Ela nos mostra apenas uma faceta limitada da realidade, e sua própria estrutura nega a existência eventual de um diamante em bruto a descobrir nos espaço-tempos transcendentes que sempre lhe serão estranhos.
(...)

O HOMEM ENTRE O CÉU E A TERRA - Etienne Guillé

Sem comentários: