O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, março 31, 2005

“A sexualidade assim culpada pode tornar-se perigosa,
e tornar-nos efectivamente doentes...”


E temos, no mundo, além do rol das doenças de foro sexual, por promiscuidade e alienação ontológica da mesma, as aberrações sociais como a pedofilia, toda a espécie de sado-masoquismo e ainda a pornografia, em resultado de tamanha e absurda negação da sexualidade sagrada e do par alquímico como construtor da verdadeira ascese para a totalidade-deus. De facto, pela negação da sexualidade do homem ou do Homem-Deus e a associação desta ao corpo tornado culpado da mulher, esta, em vez de iniciadora do amor, como o era anteriormente ao cristianismo, torna-se pois a “tentadora do mal”, e ficará associada por sua vez ao diabo e condenada a proscrita ao longo dos séculos. “Prostituta” em vez de sacerdotisa da Deusa ou discípula do Mestre vivo, como no caso de Maria Madalena. A partir desta inversão de princípios tudo o que a mulher faça é culpada só pelo facto de ser mulher. O próprio Papa ainda em funções....afirmou-o há pouco tempo a uma defensora dos direitos da mulher das Filipinas (?) que as culpadas do excesso de filhos eram as mulheres...afirmou-o com toda a inocência da sua formação católica-apostólica-romana, que quer dizer misógina. Donde se depreende que papas e bispos e cardeais ainda vejam a Mulher que não obedece aos seus dogmas e não se mantém na absoluta penitência e clausura ou inteiramente submetida ao homem e às suas leis seja vista e condenada como o Mal em si, embora não se atrevam já a dizê-lo em público, andam lá perto.
E tudo isso começou com a negação pela Igreja da sexualidade do Homem-Cristo e a necessidade de renegar a mulher enquanto amante e discípula, assim como negam ainda a participação da mulher nos rituais, e só a aceitam na sua Igreja como penitentes e de joelhos aos seus pés a pedir perdão por terem nascido mulheres!

Por culpa da Igreja Romana e não da Mulher o ser humano vive num culto de morte e sofrimento, em vez de vida e prazer, e a humanidade encontra-se num estado de patologia quase absoluta, o Planeta no caos...
BASTA VER AS NOTÍCIAS DA ACTUALIDADE!

Quanto tempo mais vai durar esta aberração sobre a terra em que o ser humano vive em função do medo e da morte e não da alegria e da vida? Até lá a destruição completa da Natureza e da vida na terra, pela guerra e pelo ódio gerado numa humanidade que vê uma sua metade - as mães de todos os homens - condenada a proscrita!

Sem comentários: