O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 09, 2005

EU E OS MEU GATOS
NOUTRO PLANETA...




"Feliz aquele que, para encontrar a sua "Imagem" eterna,
ousa queimar sem piedade os fantoches do seu passado"


Minha irmã dos caminhos cruzados, eu não acredito já no amor de ninguém a nível pessoal e humano. Todo o amor do “outro”, "o encontro das almas gémeas" não passa de fantasia nossa e fugaz ilusão que dura enquando duram os enganos ... O resto é imaginação só nossa ou compromissos que se tomam, sociais e económicos, os filhos para criar, a casa para sustentar... O mais são só sonhos e projecções dos nossos sonhos neste mundo de ilusões sejam eles grandiosos sejam eles torpes... ambos convivem lado a lado nesta nossa frágil humanidade, cheia de conflitos e misérias, em permanente dualidade.

Cada ser humano, passada a ponte dessa ilusão fragmentária do mundo, fica só consigo mesmo. Todo e qualquer ser humano mais tarde ou mais cedo tem de se enfrentar ao seu próprio espelho, nem que seja na morte e assim vai adiando esse momento...Mas se decidir seguir o seu próprio caminho na busca implacável de Si mesmo, verá que o Caminho é estreito e estritamente individual. Nele nada mais cabe senão o nosso próprio ser. Nesse ponto, todos caminhamos sós...ao encontro da nossa totalidade e aí, alcançado esse centro já não há solidão. Aí sim talvez O Amor seja a nossa realidade, face à nossa alma gémea descoberta, não como outro ser fora de nós, mas como a outra parte de nós - ou o nosso KA - que se oculta na eternidade e que nós procuramos uma vida inteira.


(TEXTO ESCRITO EM 2002)

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