O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, dezembro 10, 2005

Cibele, a Deusa da vida selvagem, que conduz a carruagem puxada por leões. Cibele a Deusa da fertilidade, que fecunda meus horizontes áridos...





A Terra vermelha cobre a superfície. O céu branco, sem nuvens. Uma fumaça se desprende da terra em etéreas evoluções que atingem o espaço.
A pedra negra de luminescência orbitando o planeta. No meu olhar julgador, tudo me parece inóspito e árido.

Das páginas escritas e das páginas virtuais um vislumbre da página da minha essência: do oeste da Anatólia , a forma mais antiga de Cibele, uma pedra negra que sugere um meteorito e que mais tarde protegida dos invasores os romanos que a celebraram envolvendo-a em incenso.

Cibele, a Deusa da vida selvagem, que conduz a carruagem puxada por leões. Cibele a Deusa da fertilidade, que fecunda meus horizontes áridos.

Cibele a Senhora da Ida, a Grande Mãe, que me ensina a conduzir meus leões pelos horizontes que escolhi.


Telma Altomore
In Agenda Lunar 2005

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