O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, dezembro 01, 2005

"A dupla essência, masculina e feminina, de Deus - a Cruz. O mundo gerado, A Rosa, crucificada em Deus"


fernando pessoa

A UNIÃO DOS PRINCÍPIOS, FEMININO E MASCULINO

"Inventemos, escreve Pessoa, um Imperialismo Andrógino reunindo as qualidades masculinas e femininas; um imperialismo alimentado de todas as subtilezas femininas e de todas as forças de estruração masculinas. Realizemos Apolo espiritualmente. Não uma fusão do cristianismo e do paganismo, mas uma evasão do cristianismo, uma simples e estrita transcendência do paganismo, uma reconstrução transcendental do espírito pagão."

Fernando Pessoa
"Mas o significado real da iniciação é que este mundo visível em que vivemos é um símbolo e uma sombra, que esta vida que conhecemos através dos sentidos é uma morte e um sono, ou, por outras palavras, que o que vemos é uma ilusão. A iniciação é o dissipar - um dissipar gradual e parcial - dessa ilusão" [F.P., in FP e a Filosofia Hermética, org. de Yvette Centeno]


Fernando Pessoa [1888 - m. 30 Novembro, 20.30 h, 1935]

"I know not what tomorrow will bring" [F. P.]

"Quando, despertos deste sono, a vida,
Soubermos o que somos, e o que foi
Essa queda até Corpo, essa descida
Até à Noite que nos a Alma o obstrui ..."


[F.P. - No Túmulo de Christian Rosencreutz]

"A verdade que será o futuro, desprezando os nossos raciocínios, virá tal qual tiver que vir, guiado por leis naturaes immutaveis, e contra as quaes nada pode a pseudo-libertação do nosso servo arbítrio, esse e o seu segredo, guarda-os ainda o espírito da Nação na sua alma recôndita, e, se a interrogamos, responde-nos, como o santo, quando o interrogaram: Secretum meum mihi - o meu segredo é commigo" [F. P.]

"... O teu destino é demasiado alto para que eu o diga. Tens de o descobrir tu. Mas tens de te esforçar ... através da passagem de muitas vidas até que reine na tua alma a Divina Presença. Mas o homem é débil e são também débeis os Deuses. Sobre eles, o Fado - o Deus sem nome - vela do seu trono (inalcançável?). O meu nome está errado e o teu também. Nada é o que parece ser. More. Henry More. Frat RC [Fraternitatis Rosae Crucis]. O que tem de ser tem de ser".


[F.P. - carta "recebida" de Henry More, por meio de escrita automática. Trad. por Angel Crespo]

In ALMOCREVE DE PETAS

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