O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 21, 2006

“A idade é a medida de valor de uma mulher.”

(Só o corpo e o sexo da mulher têm "valor" na sociedade patriarcal.)

“As mulheres têm sido alvos de uma das mais sofisticadas e insidiosas conspirações. Milhares de anos de história têm sido reescritos com o objectivo de apagar da memória colectiva o facto de os homens nem sempre terem ocupado os lugares de chefia.
A evidência arquológica defende a existência de um periodo de vinte mil anos de história durante o qual homens e mulheres viviam em igualdade, sem o domínio de nenhum sexo sobre o outro. A terra prosperava.
As tão apregoadas características femininas da compaixão, educação e não violência eram partilhadas por homens , mulheres e pelos elementos fundamentais da estrutura social.
As mulheres eram veneradas como sacerdotisas e curandeiras. As nossas forças intuitivas não eram desprezadas e mas respeitadas. A nossa maneira de ser espontânea de pensar e de sentir era vista como uma harmonia criativa, e não como “coisas de mulheres”. Os nossos companheiros e amantes, os nossos filhos e amigos, consideravam-nos sacerdotisas naturais. O nosso poder conciliador era fruto da nossa ligação compassiva com o espírito e com a terra. Mas desviámo-nos do nosso rumo e a Deusa ocultou-se.”


Mulheres:“Não esperem que o mundo vos ampare ou reconheça a vossa identidade enquanto mulheres. O mundo despreza-vos.”

Mas a Deusa adora-vos...
por isso acordai a Deusa dentro do vosso ser.


“A Deusa desperta dentro de nós, antes de despertar para o mundo. Devemos tomar consciência da sua existência. Devemos honrá-la, adorá-la, venerá-la, seja qual for o nome que lhe damos. Se o não fizermos estamos a ofender-nos a nós própria. Ela é a nossa essência deminina. Ela é o poder feminino e a glória espiritual que existe em todas as mulheres e homens.”

Não deixemos pois que o Estado e os políticos, a Igreja e os seus Bispos e os padres façam da nossa essência um culto distante do nosso ser condenando-nos ao altar ou ao prostíbulo ou à rua! Sejamos uma só mulher, nem santa nem prostituta, mas o que somos desde sempre, as três deusas em uma: Mãe e Amante e Sábia.

Sejamos a mulher inteira que não renega nenhuma parte de si mesma e que tem todo o direito de expressar o seu ser em liberdade na face que entender e ser responsável das suas acções sem que tenha necessidade da tutela masculina.

Não esqueçam! Somos nós as Mães quem primeiro tem os filhos ao colo e os amamenta e educa...e no entanto...porque é que "os filhas da mãe" se sentem tão diminuidos por isso ou por serem "filhos da p…" quando eles é que a criaram? E se são suas "vítimas", as primeiras vítimas foram as mulheres dos "filhos do pai, os "filhos de algo" (os fidalgos...) que condenaram as mulheres e ainda hoje lhe atribuem esse estatuto ou as matam e violentam quando não obedecemos às suas leis?
R.L.P.
(Texto entre aspas, excertos do livro: O VALOR DE UMA MULHER de M.W.)
REPUBLICANDO...

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