O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, abril 26, 2006

NÃO SE ASSUSTE COM AS PALAVRAS...

Sempre me assusto quando vejo as minhas palavras publicadas, não faz mal, mas acho que o que eu penso não tem interesse para as pessoas e o seu blog é muito visto... estou falando só pra vc e de repente me sinto exposta a outras pessoas... é estranho pra mim... Talvez um dia quando eu tiver algo de bom para falar... talvez... eu só queria ser solidária no desassossego de um grito solitário, que estava sendo reprimido, talvez... mas o problema é que eu não sei falar (escrever) ou sei pouco: sou como uma torneira descontrolada, ou como numa cheia, começa a pingar e desata a correr a água... é que eu sou assim mesmo... um bicho estranho, que muda com a lua e com as minhas próprias fases...
Muito sucesso pra ti... beijinhos...


Juliana | 26-04-2006 07:10:31


Querida Juliana:

Só importam as nossas palavras quando somos capazes de escrever só para nós e não para os outros...Só quando somos capazes de dizer aquilo que ninguém ousa dizer é que vale a pena escrever e não importa se sabemos muito ou pouco, interessa o quão verdadeiras somos; o resto pouco importa. Publico as suas palavras pela sua sinceridade e autenticidade e é a isso só que dou valor. Muito obrigada por mas confiar e não receie nunca o julgamento dos outros pois os outros são sempre nós mesmos do avesso...só nos olham para julgar e raramente amar ou perdoar...
E não vai vir um dia para falar e dizer as coisas certas porque elas não existem no futuro, elas são o que são agora e é agora que precisamos de as dizes. Já ninguém sabe o que é bom ou mau e portanto só o seu coração é seu juiz…não deixe a sua mente racional impedir esse fluxo natural em si. Deixe-o jorrar para fora porque liberta o que de melhor existe em si mesmo que julgue que não está a dizer nada de “válido” segundo os padrões…e obrigada pela sua solidariedade!


Quanto à sua mudança também é própria de quem sente e não de quem só tem ideias e julga que é apenas o que pensa ser. Engano, minha amiga...A vida humana é um jogo de espelhos e todos somos exactamente o mesmo só que vistos de ângulos diferentes, como o caledoscópio...enganamo-nos quando pensamos que uns brilham mais do que os outros só porque estão ainda na Sombra…

Quanto a esse "bicho estranho" que você sente dentro de si é a Mulher que corre com a lua, a água, os lobos e é livre como vento. Seja fiel a isso que a Deusa não a deixará...
VOCÊ TEM EM SI A MULHER SÁBIA, NÃO ESQUEÇA...CONFIE NELA, NA NOSSA MÃE TERRA..

Rosa leonor

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