O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 27, 2006

O Mundial de Futebol na Alemanha promete:
Futebol, cerveja e sexo…


“As pessoas vêem este mundial como fonte de lucros e como a santa aliança entre sexo, cerveja e futebol. O casamento do senhor futebol e da senhora prostituição é uma valsa de milhões”, disse o dep. J. M.Botta – in Público

ARTÉMIS – Bordel de Luxo em Berlim

Em nome de Artémis uma cadeia de bordéis cuja expanção se quer igual ao McDonalds quer difundir a Indústria do sexo e sem dúvida para isso que conta com as milhares de mulheres e meninas exploradas e usadas pelas Máfias de Leste e do mundo inteiro para esse fim…
Ficam assim unidos os dois pólos de maior alienação do ser humano – jogadores de futebol, mercenários e escravos de circo romano, iguais a prostitutas exploradas e vendidas pelas máfias - nesta actualidade grotesca em que imperam os delírios brutais constituintes de uma nova barbárie que ameaça o mundo inteiro. Esta é toda uma realidade que me repugna, mas a par disso repugna-me a profanação do nome da Deusa Artémis.



“Deusa da caça e da serena luz, Artemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas.” (…)
“ Tinha por costume banhar-se nas águas das fontes cristalinas; numa das vezes, tendo sido surpreendida pelo caçador Acteon que, ocasionalmente, para ali se dirigiu para saciar a sede, transformou-o em veado e fê-lo vítima da voracidade da própria matilha.”

Espero e desejo que a Deusa Artémis possa de novo fazer justiça e devorar com a sua matilha os que profanarem o seu nome e o seu templo…
Espero e desejo que todas as mulheres de espírito livre e dignas da herança energética da Deusa possam rebelar-se contra a profanação do seu corpo, único templo vivo da Deusa nesta terra.

Ártemis era a Deusa grega protetora das mulheres, assim como dos animais, de qualquer fêmea grávida ou em trabalho de parto e símbolo da sua liberdade, sendo a "virgem" não porque intocada pelo homem, mas por ser senhora da sua vida e livre como o eram todas as Virgens de outrora, incluindo a Virgem Maria que foi mãe "solteira" - isto é, não se submetia a nenhum homem, mas a si mesma e à deusa de que Cristo nasceu.
Podemos invocar Ártemis se precisarmos da sua proteção e também a da terra e da Natureza, como podemos usar o seu nome para evocar a verdadeira natureza da mulher e o seu culto "pagão" que foi deturpado pela religião cristã.

Ártemis, na sua representação mítica, ocupa-se apenas de um espaço exclusivamente dedicado às mulheres. Seguindo esta senda de origem sagrada, as mulheres que sentem essa necessidade e só aceitam outras mulheres nas suas cerimônias religiosas designam-se em geral e a si próprias como Diânicas, segundo a deusa romana Diana, que era um outro nome de Ártemis - Artemísia (em português), dado mais tarde pelos romanos.

Hoje em dia, as mulheres de espírito "ártemis" defendem que as mulheres são de tal modo agredidas pela sociedade falocrática que precisam de espaços exclusivos para as mulheres para desse modo poderem ter voz e assim recuperar emocional e espiritualmente ao reencontrarem a sua identidade em contacto com o seu ser profundo. (…)

Rosa Leonor Pedro

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