O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 13, 2006

13 de MAIO - LUA CHEIA
Vem soleníssima, Soleníssima e cheia...


Vem soleníssima
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.
F.Pessoa.



Todos os anos milhares de pessoas invadem Fátima nestes dias. São milhares de peregrinos, seres humanos que buscam uma esperança ou agradecem milagres nas suas vidas desgraçadas de luta e miséria e guerra. Centenas caminham a pé, alguns de joelhos…São maioritariamente mulheres…as mais devotas, sempre as mais sacrificadas, à família aos filhos, aos maridos…

Cantam milhares de vozes em Fátima...

"OSSANA RAINHA DE PORTUGAL"

Milhares de pessoas, sempre na maioria mulheres, velhas e novas, das cidades e das aldeias, acenando lenços brancos à passagem de uma Imagem Branca da Nossa Senhora, imagem da Mulher Mãe Eterna, traida pelos homens, pelos padres e pelos Governos de todo o mundo...
E os padres ainda rezam por uma Nova Humanidade à Mãe de Deus, quando Uma Nova Humanidade afinal depende totalmente das mães e das mulheres que neste mundo são infamenente exploradas e vendidas como mercadoria, algumas ainda escravas, sem que a Igreja nada nunca tenha feito, tendo ao contrário, contribuído e muito para isso ao renegá-la na sua essência e a essência do feminino.
Em todo o mundo, Mães com filhos que não podem alimentar nem educar, mães desprezadas e mal tratadas, mulheres vendidas e prostituidas neste mundo aos milhares também.

São essas mulheres do mundo inteiro que deviam ser veneradas na imagem da Senhora e elevadas à sua dignidade e isso nenhum padre, bispo ou papa nunca se lembrou e continuam a considerar a mulher impura e indigna e a dividir a mulher em duas: a que se vende nas ruas de Berlim, São Paulo, Lisboa ou Madrid, (ou no Bordel) e a casta esposa que ainda obedece aos preceitos da sua religião, castrada na sua sexualidade, sem identidade.
Hoje apetecia-me gritar bem alto:
Basta de hipocrisia e de mentira e de se servirem da mulher, seja na imagem da Deusa seja da mulher nua no cartaz de publicidade, seja no lupanar!!!
Hoje eu rezo por todas as Mães e mulheres do Mundo sacrificadas e que sofrem este crime secular!

Fátima é o Reino da Deusa Mãe e da Mulher e deveriam ser as sacerdotisas de Lys a celebrar este dia e a Mãe Eterna e a Paz no mundo…e não esses fantoches - padres bispos e papas - homens sem alma que renegam o seu feminino e no entanto se vestem e usam paramentos de mulheres...

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