O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 31, 2006

NO DESTAK DE HOJE LIA-SE NA 1 PÁGINA:
HOMENS ESTÃO "MAIS FEMININOS"
"Os homens estão a ter comportamentos cada vez mais parecidos com o das mulheres, diz um estudo ontem divulgado."


Neste artigo foca-se os aspectos positivos dessa parecença que afinal não é mais do que a partilha de responsabilidades em casa na destribuição das tarefas e com os filhos, mas para a ainda maioria dos machos portugueses a mulher é pouco mais do que a "besta de carga" e quanto à sua "feminilidade" a sentí-la é, ao invés dessa partilha, vista como uma falta de virilidade que os leva em represália a cometer violência sobre a mulheres...


"EM PORTUGAL A Comunidade brasileira
é a que mais se queixa de violência doméstica


Duas em cada nove imigrantes que se queixam de violência doméstica têm a nacionalidade brasileira. O seu agressor, contudo, é português, os maltratos são continuados (52,3% dos casos) e usa e abusa do facto de a companheira ser estrangeira ou estar ilegal.
(…)
Os maus tratos vão da agressão física à psicológica, passando por ameaças e difamação. O quadro de queixas é muito semelhante ao apresentado pelas vítimas portuguesas mas o processo de apoio torna-se muito mais complexo, referem Carla Amaral e Frederico Marques, responsáveis pela unidade. "São mais vulneráveis, porque muitas delas estão ilegais e isso constitui um pretexto para as pressionar e elas têm medo de apresentar queixa. Além disso, não têm acesso à justiça", explica Carla Amaral.

O primeiro passo dos técnicos é legalizar as vítimas que estão em situação irregular, o que é difícil. Há casos, sobretudo nos conflitos laborais, em que o agressor fica com os documentos de identificação.
(…)
As vítimas são casadas ou vivem em união de facto (57%), têm o secundário (1,9%) e o superior (6,5%), mas em 87,9% dos casos não referem as habilitações. Entre os agressores, 39,3% são portugueses, têm a mesma idade das vítimas (entre 26 e 35 anos), menos habilitações (o 1º ou 2º ciclos) e trabalham nas mesmas áreas: serviços directos e particulares, de protecção e segurança. 21,5% encontram-se desempregados.


Lido in Diário de Notícias - Céu Neves

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