O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 12, 2006

CULPAR OU NÃO CULPAR OS OUTROS...

(...)
Estava tão cansada de não atribuir culpas às pessoas, que já não sabia a quem essas culpas deveriam caber.
(...)
É claro que podia não acontecer. Uma coisa logo que conhecida, jamais poderá ser desconhecida. Apenas poderá ser esquecida. E, na medida em que domina o tempo enquanto puder ser lembrada, indicará o futuro. Compreendo agora que embora fique sentada no meu quarto, a envelhecer, sozinha, tenho de viver com esse conhecimento.

O telefone pode tocar, esta noite, ou amanhã: já não importa. Alguém pode dedicar-me um pensamento, talvez...


In “olhem para mim” – de Anita Brookner

- A TÍTULO DE RECADO...

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