O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 15, 2007

A DIVISÃO DA MULHER EM DUAS

PORTUGAL: COMO NA IDADE MÉDIA

A Senhora Virgem e Imaculada e a "pecadora" mulher


Maria Madalena, mulher de luz, de absoluto, de dom total, não podia deixar de encontrar Cristo. No seu encontro quando ela inrompe numa assembleia de homens muito sérios, ela prosternar-se, perfuma-o, acarinha-o. É ao mesmo tempo uma grande declaração de amor, e uma iniciação para a mulher. Não é por acaso que Jesus se mostra primeiramente a ela depois da ressurreição. Ela é a Dama do Conhecimento, a Dama do Amor.J.K.

- PORQUE CONDENOU A Igreja de Roma Maria Madalena a “eterna prostituta”?
Que ideia quis passar à sua comunidade ao apresentá-la como “arrependida”?

Porque continua a Igreja nos nossos dias a negar a Consciência da mulher tal como lhe negou a alma durante séculos e a querer impedir a sua liberdade de escolha e o direito à sua autonomia?

Assim como condenou Maria Madalena e lhe negou a sabedoria, baniu através dela todas as mulheres da Igreja impedindo-as da sua liberdade de expressão.
Também hoje quer continuar a fazer o mesmo com todas as mulheres do mundo impedindo-as de usar as suas faculdades e de tomar decisões sobre a sua vida.

Porque é que a Igreja através do seu papa, bispos e padres ainda quer condenar a mulher à prisão por esta decidir livremente e em conhecimento de causa sobre a sua vida e o seu sexo?
Porque continua a Igreja e os seus dignatários a pregar o medo e o obscurantismo associando à mulher "o pecado" (agora do "aborto") querendo acusá-la ainda de por em perigo a paz do país talvez como presumível assassina dos seus filhos?

Que aberração secular é esta que continua a opor o "Coração Imaculado de Maria" à pecadora que faz o "aborto" e merece prisão, continuando a dividir a mulher como o fez há séculos entre Maria Madalena "a pecadora" e o Coração Imaculado de Maria?
«Como vos falei na circular de Outubro este é um problema que ameaça a paz no nosso país. O aborto é um pecado grave e é preciso reparar o Coração Imaculado de Maria».*

A Igreja continua a cindir a mulher em duas...Condenando à prisão e à rua a mulher livre que considera a pecadora E neste caso por apenas PODER decidir sobre a sua própria vida e colocando num pedestal ou no altar a mulher casta que se cala e se submete ao seus dogmas e ritos, tal como na idade-média.


"Uma ameaça para a paz social são estas manobras divisionistas da ICAR, que disfarça o facto de estar em cruzada contra a liberdade de consciência das mulheres com comunicados inconsequentes de José Policarpo que alerta os párocos não poder ser a missa «lugar de campanha» - algo que nem o próprio Policarpo cumpre, já que foi o tema escolhido para as suas últimas homilias - uns dias antes de vários bispos se terem empenhado nas respectivas homilias na campanha pelo NÃO, por exemplo, o bispo de Angra, o bispo de Leiria ou o bispo da Guarda."*


ESTA É DE FACTO MAIS UMA "Cruzada católica contra a liberdade de consciência" DA MULHER. *IN DIÁRIO ATEÍSTA

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