O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, março 11, 2007

CAMARA ESCURA...


CâMaRA CLARA

Vi onte ontem parcialmente um programa da TV 2 apresentado por uma mulher inteliginte e culta, não diria sensível, mas antes sensual, que apresentou um tema sobre a Mulher a propósito do 8 de março. Tinha alguma curiosidade de o ver, embora sem grande esperança! Uma mulher que detém um programa nos mídea tem de servir o espírito do patriarcado, como é óbvio. E assim foi…Apesar da entrevistada ser uma mulher mais consciente e informada mias sensível e menos sensual…mais sobria e menos oferecida…isto é, a NÃO querer agradar ou seduzir ainda que implicitamente que é o que está na cara da dita apresentadora ou realizadora do programa!

Vocês estão a pensar que eu também tenho afinal um preconceito contra a mulher provocante, a “outra”, a oferecida…como qualquer mulher que vê na outra um perigo ou uma ameaça, ao contrário do que aqui escrevo! Mas não. O que a mim me custa é que essa faceta da mulher sensual seja usada para a mulher se vender em todos os domínios e ter sucesso e não em defesa da sua totalidade e integridade como eu me apercebi nesse programa. Uma mulher intelectual-sensual e outra catedrática, que foi ministra e é ainda representante no parlamente europeu, falam do seu nível o mais alto e porventura muito conhecedoras dos movimentos culturais ou socias das mulheres na hisória dos homens, mas sem em momento algum tocar o cerne do problema, o velho tabu da santa e da prostituta, essa divisão ancestral da mulher em duas. Elas não têm noção dessa sisão, dessa fragmentação interna e origem do seu próprio conflito e portanto nem sequer estão a ver que fazem o jogo do patriarcado! Para elas a dimensão do feminino é económico e sexual, só! Aliás o programa começou com o desfile das mulheres de poder, económico e de consumo ou poder intelectual, no confronto e na valorização da sua capacidade de construir, de fazer, de competir, iguais aos homens portanto. Sem qualquer noção do feminino sagrado, do dom inato da mulher, a sua receptividade e compaixão, da sua intuição e alma, sem a noção grandiosa da Natureza Mãe e da Deusa…Isso nem pensar!
Elas não vêem que só estão a agradar ao patriarcado e dentro dos limites por eles impostos, escamoteando o verdadeiro problema da mulher e portanto a fazer o seu jogo…de sedução. Sedução ao mais alto nível… No caso desta mulher a sedução é a sua própria imagem e a sua maneira de falar. O espectador é o homem…e os homens gostam do programa claro! Doutra maneira o programa não teria acabado com o simular explícito de um orgasmo num café por uma actriz num filme qualquer americano com a Meg R.
Foi realmente assim que o programa acabou, com um orgasmo simulado tal como o programa foi um simulacro da “emancipação” da mulher. Não sobre a MULHER!!!!


O FEMININO É ETERNO, NÃO ECONÓMICO E SOEXIAL...

Sem comentários: