O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 21, 2007

O HOLOCAUSTO DA NATUREZA MÃE...

...Lembro-me minha irmã e ainda sonho
com rituais solenes, cerimónias celestiais...
em que uniamos o corpo a alma e o espírito
e de mãos dadas, caminhávamos em silêncio profundo
para escutar as pedras sussurrar antigos mistérios...

Recordo, quando com respeito e gravidade,
pisávamos descalças cada folha caída no chão
e nos inclinávamos cheias de devoção,
reverentes, como aos pés da Deusa Mãe...

Lembro-me quando a Terra era Sagrada,
as árvores, as plantas e os animais "falavam"...
como num eco dentro do nosso coração …
Nesse tempo Mãe, nenhuma mão desgraçada
cometeria o sacrilégio de deitar fogo às árvores
de torturar ou matar outro ser humano
como hoje acontece todos os dias à face da terra...
rlp

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