O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 15, 2007

O CAMINHO


(...) O Caminho é quente, é paixão, mas se eu não começo o Caminho pelo início, ele nunca vai ser suficientemente quente.
Como é que eu posso ouvir o perfume do meu ser se eu tenho esta inumanidade para comigo mesmo e para com os outros de estar constantemente a exigir coisas? Mesmo que eu exija com um sorriso, secretamente eu quero tirar um bocado daquela pessoa. E não há nenhum problema nisso desde que eu sinta, de facto, o perfume do meu ser.
Aquilo que nos vai salvar da sombra de nós mesmos ou do grande monstro mundial é só um sorriso. No fim é um sorriso que te abre a porta para a 4ª dimensão porque é o sorriso da auto conquista, o sorriso dos Budas, o sorriso da suprema refinação do ser, de um refinamento psico-afectivo profundo em que tu vais trazendo todo o teu ser para próximo do diamante e doa-lo ao mundo, depois trazes e doas ao mundo, trazes e doas, e o resultado desta alquimia, deste ir e vir, é um sorriso que os grandes seres reconhecem instantaneamente.
Este perfume tem que vir ao de cima e tu começas a perceber que é tudo tão precioso em ti! Quando é que o Universo vai fazer outra vez um ser como tu? Pode fazer um melhor mas um tão tosco/tão sublime como tu nunca mais consegue!
Isto tem a ver com a criação do campo electromagnético que permite a humanidade atravessar o não tempo até essa Terra de 4ª dimensão cujo magnetismo é Sírius/Alcione/Sol/Vénus/seres humanos. Vénus vai entrar na constituição electromagnética da Nova Terra.

Há seres para os quais é muito importante recolherem-se em si mesmos até que o perfume comece a transpirar e esse perfume é o pacto eterno da alma pela personalidade, e quando tu consegues que esse perfume preencha toda a tua coluna... em termos psicológicos o que é a coluna vertebral? As nossas colunas estão rachadas pela base, porque tivemos infâncias difíceis, ou porque fomos parar a uma estúpida de uma incubadora e alguém desligou o interruptor, ou porque foi violado aos 4 anos, ou porque o pai tinha um complexo de autoridade... a pessoa não se esquece!
Esta coluna psicológica está toda em ruínas mas se um indivíduo consegue sentir o perfume, atravessar estas malhas todas, isso implica uma câmara. Neste momento ninguém se consegue perceber a si próprio se não for para dentro de uma cápsula.

...estas forças radiantes que nos animam e que nos dão a sensação de sermos amados, a doçura de uma alma que está aqui servindo e acompanhando a personalidade, sofrendo connosco. A alma tem uma parte na eternidade e uma parte no tempo. A parte que está no tempo está constantemente vibrando o Paraíso dentro do teu peito e sentindo as desfasagens entre a imagem da cidade celeste dentro de nós e os incríveis desfasamentos que a realidade socio-cultural é em relação a essa imagem sagrada, e o nosso psíquico sente todas essas dores!
Enquanto nós não conseguirmos sentir a doçura, o compromisso, o envolvimento da alma connosco, nós vamos para o mundo com uma fome que não tem fim.
(...)
Agora, todos vocês estão tendo uma vida para-militar, todos vocês estão sob graves ameaças psicológicas.
Se vocês não trabalham, e não interessa se aquela é ou não a vossa vocação, não têm dinheiro. Se não têm dinheiro estão suspensos do carrossel e todos têm que entrar a horas nos trabalhos, fazer certas coisas dentro de certos ritmos e ignorar a alma o tempo todo. É a isso que eu chamo uma vida paramilitar. Depois há os que já estão um bocadinho fora da coisa e há os que gostam do que fazem. Mas se estão sendo condicionados a se adaptar a uma civilização que cada vez menos percebe o que ela é, porque exige que um indivíduo se desligue da sua alma para fazer parte dessa civilização cujo resultado final é indivíduos vazios criando uma civilização vazia que está à procura de si própria, se isto se mantém nesta rotação, eu não dou mais dez anos, nem sete até que as pessoas realmente não consigam mais usar os poderes criativos do cérebro. (...)

André Louro de Almeida
Transcrição de Alice Jorge

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