O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, fevereiro 03, 2008

O CONHECIMENTO INSTINTUAL...


"Uma mulher não tem que ser mãe biológica para se tornar uma iniciada na faceta maternal da deusa: isso vem-lhe da sua natureza materna encarnada e feminina - por meio da qual sente o seu parentesco com todas as mulheres, os animais e a Natureza. A psique reside-lhe no corpo e a sabedoria brota-lhe de um conhecimento instintual de como utilizar as mãos e o corpo para mitigar e confortar ou se encarregar de uma situação que o exige, no seu íntimo: reage a uma mulher em trabalho de parto, a um animal com a pata metida numa armadilha, a uma mulher num sofrimento histérico, a uma criança aterrorizada e demasiado nova para compreender o que lhe está a acontecer, com uma autoridade maternal que os outros reconhecem instintivamente."


In TRAVESSIA PARA AVALON - de Jean Shinoda Bolen

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