O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 26, 2008

A VOZ DAS MULHERES

É URGENTE A CONSCIÊNCIA DE UM NOVO FEMININO
(...)
"Buscamos movimentos de consciência. A energia feminina, portadora da magia e da intuição, concordou em abdicar dessas qualidades – energia feminina significando não apenas os seres fisicamente femininos, mas a consciência feminina.

O movimento patriarcal nos últimos cinco mil anos afastou-se completamente do processo do nascimento para poder dedicar-se ao desenvolvimento de armas e ao contínuo aniquilamento dos seres humanos.

As mulheres estão com um “nó na garganta” porque concordaram, há quatro ou cinco mil anos, manter silêncio acerca da magia e da intuição que representavam e conheciam como parte da chama gémea. A chama gémea consiste na energia masculina e feminina coexistindo num só corpo, quer seja ele fisicamente masculino ou feminino.

Durante este período de mudança, será necessário que as mulheres desatem o “nó da garganta” e se permitam falar.

Chegou a hora.

in Mensageiros do Amanhecer
BARBARA MARCINIAK, Ed. Ground, São Paulo, 1992
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A VOZ DO ÚTERO OU A VOZ DO ORÁCULO
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O Prémio Nobel, José Saramago, pediu há dias desculpa às mulheres por o seu novo livro não ter intriga amorosa, certamente por pensar que é SÓ o romance que interessa às mulheres...Era como se dissesse, este livro é demasiado importante e portanto só para homens. E se calhar é... A pena é que um escritor lúcido como ele, do ponto de vista tanto humano como social e político, não tenha consciência da Verdadeira Mulher seja como Musa ou como Oráculo, ou ainda da mulher como fonte de Sabedoria inata...nisso ele não deixa de ser português e machista. Com a mulher que têm devia ser mais esclarecido sobre o feminino, mas como ela pensa como ele, defenda as mesmas causas, ele não sabe o que perde dessa dimensão da Alma quando já tinha idade para se render àquilo que o transcende. O Ensaio da Cegueira é global...
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Ao contrário dele, outro Prémio Nobel de uma forma actual o autor das "Duas Vozes", William Golding, descreve o conflito social que se origina nessa separação entre A Voz do Oráculo tendo a Deusa como fonte e depois de o Oráculo ter sido desvirtuado por Apolo para que este obedeça à voz da intriga e interesses políticos, com a mulher ao serviço dos Deus Pai, sem poder pessoal, como um papagaio, tal como hoje se comportam as mulheres na política.
E diz esta coisa fantástica que denota um conhecimento e respeito profundo pela natureza integral da Mulher que ele redescobre...
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“As mulheres por vezes ficam histéricas e fazem e dizem as coisa mais estranhas. Mas esta observação vai dar a volta e morder a própria cauda: talvez a verdade da vida e do viver resida nas estranhas coisas que as mulheres fazem e dizem quando estão histéricas"
in “ As Duas Vozes”- de William Golding (Prémio Nobel de 1983).

1 comentário:

Anónimo disse...

adorei o que estão falando sobre as mulheres pois tratam da realidade