O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, maio 30, 2008

O PASSADO e o telemóvel...


MAIS UMA DE UMA LONGA COBARDIA

DN texto na íntegra de Ferreira Fernandes

Antigamente - um pouco depois dos tempos em que ele, de moca e de osso atravessado no nariz, a arrastava pelo cabelo até à caverna - o lençol nupcial era exposto no bairro. Se havia sangue, a noiva era virgem e o casamento podia seguir em frente. Antigamente..., iludo- -me eu, como se as coisas não pudessem voltar para trás.

Em Lille (Norte de França), um tribunal anulou um
casamento porque a noiva - muçulmana como o noivo - mentiu sobre a sua
virgindade. Na madrugada do casamento, o noivo, engenheiro, levou a noiva a casa
dos pais dela porque lhe faltava uma peça (assunto privado).
E um tribunal, no ano de 2008!, deu-lhe razão (assunto público). Deixo para os advogados e juízes o valor jurídico do ela ter mentido, como se a lealdade pudesse existir entre desiguais (o engenheiro não teve de jurar a sua virgindade, nem tinha como a provar). A nossa cobardia está a atirar estas novas europeias para o passado. Assim, o passado virá ter com todos nós, não tarda.

1 comentário:

Lealdade Feminina disse...

Pois é... está em todo lado...
É só tirar o véu e a sujeira aparece...
Nada mais é só do outro lado do mundo...
Será tudo "culpa" do Plutão???