O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, outubro 28, 2008

COMO PODEM SER OS HOMENS TÃO BRUTAIS


PORQUÊ


“Porque motivos nós caçamos e perseguimos uns aos outros? Porque motivo o nosso mundo se encontra cheio de infame desumanidade do homem para com o homem - e para com a mulher?
*
Como podem os seres humanos ser tão brutais para com a sua própria espécie?
Que razão existe para a nossa crónica inclinação para acrueldade ao invés da bondade, para a guerra em vez da paz, para a destruição em vez da construção?

*
De todas as formas de vida do planeta, só nós podemos semear e colher,
compor música e poesia, ensinar uma criança a ler e escrever - ou mesmo a rir e a
chorar. Devido à nossa capacidade única de imaginar novas realidades, e realiza-las através de tecnologias cada vez mais avançadas, somos literalmente parceirosda nossa própria evolução. E, no entanto, essa mesma espécie portentosa que é anossa parece agora apostada em por fim não apenas à sua própria evolução, comoda maior parte da vida no nosso globo, ameaçando o planeta com a catástrofeecológica ou o aniquilamento nuclear.”


In Riane Eisler, O Cálice e a Espada, Via Óptima: Porto, 2003, pag. XIII

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