O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 21, 2008

DAR O CORAÇÃO À VIDA PLENA


DAR O CORAÇÃO...

“O centro fisiológico é o coração. Nos tantras do hinduísmo, que são instruções dos deuses aos seres humanos, o coração é o Anãhata chakra, o centro nervoso que abrange o sentimento por outro ser humano, o sentimento por si mesmo, pela terra e por deus (o sagrado).

É o coração que nos permite amar como ama uma criança: totalmente, sem reservas e sem qualquer capa de sarcasmo, depreciação ou proteccionismo.
(...)
...é o coração que pensa e convoca as moléculas, átomos, sentimentos, anseios e o que seja necessário, até um único lugar a fim de gerar a matéria que realize a criação da mulher esqueleto (essência).

Dar o coração para uma nova criação, para uma nova vida, para as forças da vida-morte-vida, é uma descida ao reino dos sentimentos. Pode ser difícil para nós, especialmente se tivermos sido feridos por uma decepção ou pela mágoa. No entanto, ele existe para ser tocado, para dar vida plena à Mulher, para nos aproximar daquela que sempre esteve por perto.”
*
Clarissa Pinkola Estes, Mulheres que Correm com os Lobos, ed. Rocco

1 comentário:

Anónimo disse...

Para ter um bom coração basta nós ser feliz e ter fé em Deus!!