O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 28, 2008

O QUE NÓS HERDÁMOS


ANTES DA CIVILIZAÇÃO DA ESPADA...
ERA A "ENERGIA FEMININA SOLAR" QUE IMPERAVA...

"Em períodos mais arcaicos, muitos povos adoravam o Sol como um aspecto da Mãe Natureza, com as funções de iluminar o mundo, curar os enfermos, vivificar e ressuscitar os mortos, acalentar o âmbito privado do lar e do Templo, proteger os campos contra geadas, etc.

Mas como eram essas culturas centradas na mulher e na adoração da Deusa?

Nessas culturas eram amantes da paz, pois junto a elas não haviam fortificações militares, nem armas. Parece também, não ter havido guerras organizadas em grande escala, apenas as escaramuças e conflitos pessoais de escassa importância que ocorrem em qualquer sociedade humana. As armas encontradas, eram pequenos instrumentos pessoais, o que sugere que seriam usadas primordialmente para defesa.

Aos centros da Deusa faltava também uma estrutura política burocrática, pois as pessoas viviam em famílias extensas, semelhantes a clãs governado por mães. Não existia escravatura. As mulheres atuavam como sacerdotisas, artistas, agricultoras e caçadoras de animais de pequeno porte. Em suam, essas culturas neolíticas da Deusa parecem ter lançado as sementes para o fascínio dos pensadores ocidentais com a Utopia, não como uma possibilidade futura, porém, mas como um sonho a respeito de uma realidade que perdemos.

As sociedades matrifocais podem ter tido, na verdade, as características de uma Idade de Ouro simplesmente porque a vinculação primária era entre filhos e mães. Como já salientou o psicanalista Erich Fromm, os filhos devem "conquistar" o amor do pai, usualmente pela obediência e o conformismo. O amor de mãe é incondicional, o que engendra boa vontade. As culturas baseadas no amor materno e reforçadas pelos ritos religiosos em torno da Deusa-Mãe teriam sido sociedades pacíficas, condescendentes, mantenedoras da vida, baseadas na confiança. A natureza sacrossanta de toda a vida teria sido realçada, e o comportamento destrutivo, violento, destrutivo, desencorajado. Os valores humanistas decorrentes da jovialidade natural das relações entre mãe e filho teriam cimentado muito mais o relacionamento social do que a mera obediência a uma figura autoritária.

Com a implantação do regime patriarcal, toda essa energia feminina solar canalizada na Deusa, assim como todos os seus símbolos foram considerados demoníacos. O clímax desses acontecimentos se deu na Idade Média, com a Inquisição, momento em que a imagem oposta do arquétipo do Cosmo Feminino começou a emergir.

Quando os Deuses Solares tornaram-se heróis todas as Deusas passaram a ser as vilãs, e muitas velhas histórias foram reescritas. A mitologia sacra começou a refletir um dualismo desconhecido nos tempos neolíticos. Sol e Céu opostos à Terra e à Lua, coisas que eram parte da Grande Mãe, incluindo o poder de destruir, o mistério da morte e a escuridão da noite. Essas polaridades não tinham conotação moral. Não era questão de "Bem" contra o "Mal", e sim, que todas as coisas tinham aspectos positivos e negativos, todos eles ingredientes necessários na Grande Roda da Vida Criada.

Com a Criação do Antigo Testamento, a interpretação da história tornou-se então a base para a auto-negação do próprio homem, negação essa que não pode despertar outra coisa do que espanto e horror, pois a natureza humana e principalmente a mulher são considerados repulsivos e envenenadoramente maus."

COMO PENSAVAM OS PAPAS...

"Talvez as palavras mais crassas sejam aquelas do Papa Inocêncio III em "De contemplu mundi" ("Do desprezo por este mundo", onde ele declara claramente sobre a humanidade:)

"Formatus de spurcissimo spermate, concetus in pruritu carnis, sanguine menstruo nutritus, qui fertur esse tam detestabilis et immundus, ut ex ejus contactu frudes non germinent, arescant arbusta... et si canes inde comederint, in rabiem efferantur." - Formada do esperma mais imundo, concebida no prurido da carne, alimentada pelo sangue menstrual, que é considerado tão nojento e imundo que depois de ter contato com ele, as frutas dos campos já não germinam, os pomares secam... e os cães, se dele comem, ficam raivosos. - Impressionante! "
(...)
(autor desconhecido - enviado por um/a leitor/a)

Sem comentários: