O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, novembro 18, 2008

SEM MÃE O CORAÇÃO TORNA-SE DE PEDRA..


“Quando a Mãe Alimentadora e a Mãe Dançarina abandonam o mundo, deixam um ermo emocional. Na mitologia grega, Deméter, Deusa dos Cereais, a mais dadivosa e generosa de todas as deidades que representava a Deusa-Mãe numa época em que as religiões patriarcais se estavam a tornar predominantes, tornou-se a Deusa de Morte quando se recusou a deixar que crescesse o que quer que fosse na terra e permitiu que a humanidade morresse de fome. O coração e a compaixão haviam-se-lhe transformado em pedra. Tornou-se na Mãe de Pedra. Os camponeses bem poderiam ter-se lamentado – “A Mãe morreu!” – como fez a criança no íntimo do meu paciente.”
*

Jean Shinoda Bolen, Travessia para Avalon
*

5 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Entre mulheres e deusas...muitas coisas podem acontecer.....


Ser uma flor selvagem

é ser uma mulher inteira que não esta presa as redias do patriarcado é a mulher que sabe de si
que sabe se amar
todas as flores selvagens são as mulheres mais belas desse mundo porque sua beleza vem de dentro
isso é ser flor selvagem isso é ser sacerdotisa
isso é ser deusa
ser flor selvagem é encontrar sua essência interior
se descobrir mulher
mais ser flor selvagem
vai alem disso
é ser mulher por
si só
simplesmente ser uma Deusa isso é ser flor selvagem isso É SER DEUSA






Em um diálogo entre um pandit chamado Rajamani e Linda Johnsen, autora do livro as Filhas da Deusa:
- Voce já ouviu falar de Agastya?
- Inclino a cabeça afirmativamente, reconhecendo o nome do lendário brahmarishi (aquele que vê e compreende Deus) védico.
Ele foi um grande sábio, um dos maiores que já existiram.
E, mesmo assim, achava que a sua compreensão não estava completa. Queria ser iniciado em Sri Vidya, o supremo conhecimento secreto da Deusa. Tinha ouvido falar que havia um mestre desta tradição em uma província distante e, um dia, partiu para encontrá-lo.
Naquela época, a viagem era feita a pé, e, assim, ele precisou de muitos meses para alcançar esse homem.
Porém, quando chegou lá, o mestre lhe disse: "desculpe, não posso inicia-lo. Na verdade, voce já está mais avançado do que eu. A única pessoa qualificada para lhe ensinar é o meu próprio guru, o fundador dessa linhagem."
Agastya ficou muito excitado. "Onde posso encontrar esse grande guru?" perguntou. O mestre lhe disse o nome da província onde o seu guru morava. Agastya ficou chocado. "Mas essa é a minha província!", falou. Ficou envergonhado em saber que um mestre de tal magnitude morava em sua vizinhança e ele nunca soubera.
Ele mesmo tinha milhares de discípulos; nunca lhe ocorrera que um mestre maior do que ele próprio pudesse viver na mesma região.
Então o mestre lhe disse o nome da vila onde o seu guru morava. "Mas essa é a minha vila!", falou Agastya, ainda mais embaraçado. E então o mestre descreveu a casa onde o seu guru morava. "Mas essa é a minha casa"! disse Agastya.
Ele era um homem baixo, mas agora se sentiu minúsculo. Finalmente o mestre lhe disse o nome do seu guru: o supremo mestre plenamente realizado Lopamudra. "Mas essa é a minha esposa!" Gritou Agastya.

Esse conto lança luz sobre um dos meus relatos favoritos das antigas escrituras sagradas hindus, chamadas de Vedas.
- O senhor se lembra - pergunto - da história na qual Agastya está ocupado com as suas práticas ascéticas e Lopamudra se esgueira para perto dele e lhe pede que faça amor com ela? No início ele resiste, mas ela é muito persistente e, finalmente ele cede. Eu pensei que o texto terminaria dizendo: "E então Agastya perdeu o fruto de mil anos de rigorosa penitência", como muitas das escrituras yogis falam, sempre que alguém comete um deslize e faz sexo.Porém, o texto termina: "Agastya tornou-se um sábio ainda mais poderoso, porque nutriu ambos os caminhos, o da renúncia e o da vida secular".
-Sim, sim! No ínicio, Agastya acreditava que a automortificação era o único modo de compreender Deus. Lopamudra mostrou a ele que a vida mundana, quando imbuída da consciência divina, também pode levar uma pessoa a Deus. Não foi uma sedução, mas uma iniciação. Lopamudra era uma mestra de Sri Vidya. Ela conhecia a Deusa. Compreendia o Tantra.
- Mas mulheres como ela eram raras.
Rajmani sorri para mim.
- Absolutamente. Voce sabe que, na religião hindu, dizemos que todos os seres são divinos. No coração, somos todos um com Deus.
- Sim, Panditji. Esta é uma das coisas que me atrairam para a India.
- Mas voce sabia que a primeira pessoa a declarar esta unidade foi uma mulher? No Rig Veda, a nossa escrita mais antiga, há uma passagem chamada Devi Sukta.
Compreendendo que ela era uma com a Mãe Cósmica, a vidente Ambhrini cantou:
Eu sou a Rainha, fonte do pensamento, o conhecimento em si!
Voce não me conhece, embora resida em mim.
Eu me anuncio em palavras, dando boas-vindas tanto aos deuses quanto aos humanos.
Do cume do mundo fiz nascer o céu!
A comoção é o meu alento, todas as criaturas vivas são a minha vida!
Alem da extensa terra, além do vasto firmamento,
A minha magnificência se estende para sempre!
No êxtase da sua meditação, Ambhrini tinha descoberto a Mãe do Universo no âmago do seu próprio ser.

A esposa do pandit nos observa com os olhos brilhantes. Aproveito para lhe perguntar.
- Mira, durante a sua infância, voce ouviu falar sobre mulheres santas?
- Quando eu era criança - conta ela - a minha heroína era Mira Bai. O meu nome foi dado em sua homenagem. Ela teve muitos problemas em sua vida, porque era mais devotada a Deus do que ao seu marido, mas hoje, não há nenhuma vila na India onde as suas canções não sejam entoadas.
- As mulheres santas da India são as jóias da sua tiara. São as filhas da Deusa - diz Rajmani. Voce precisa aprender mais sobre elas. Mesmo hoje em dia, há muitas grandes mulheres santas na India.
Rajmani, que está me ensinando o sânscrito, sabe que gosto de escrever.
- Talvez voce deva escrever um livro.
Rio da sugestão, mas resolvo descobrir mais a respeito das "jóias da tiara" da India".
Postado por Palas Athen às
em http://flores-selvagens.blogspot.com/

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Uma Longa Historia...(a trajetoria da Deusa)

Sociedade Matriarcal


Matriarcado é uma forma de sociedade na qual o poder é exercido pelas mulheres, e especialmente, pelas mães da comunidade. A palavra matriarcado deriva do latim mater que significa mãe e do grego archein que significa governar. Há um termo diferente para 'governo das mulheres', nomeado ginecocracia, algumas vezes citado como ginocracia



Deusa ou deidade feminina pode ser entendida como o aspecto feminino da divindade, em contraste, algumas vezes complementar, com o aspecto masculino, ou deus, integrando um panteão que inclui ambos os gêneros. Em alguns casos, a deusa mescla-se ao gênero masculino, constituindo um dos aspectos de uma deidade hermafrodita. As representações de gênero variam, transformam-se no tempo e no espaço nas várias culturas.



É interessante notar a mudança que sofrem os mitos de deidades femininas ao longo deste processo, pois, após a derrocada do matriarcado e a descoberta do ferro, todos os valores femininos foram também caindo, sendo demonizados, absorvendo estereótipos depreciativos criado por seus opositores, em decorrência de interesses e novos engendramentos econômicos. O culto das deusas acha-se basicamente associado a três aspectos: psicológico, geo-físico e econômico. O aspecto psicológico engloba a veneração dos antigos pela geração materna(A grande mãe). O aspecto geo-físico está ligado à veneração pela natureza (estrelas etc.). O aspecto econômico está ligado à produção material no matriarcado, sistema em que a mulher sustentava toda a gens com a plantação, sendo associada à agricultura, plantio, colheita e abundância.


DEUSA DEMÉTER


Acredita-se que o culto à Deméter tenha sido trazido à Grécia vindo de Creta durante o período micênico, carregando consigo o seu nome.. Sendo assim, ela é descendente direta da Deusa-Mãe cretense, que com suas virgens e sacerdotisas, empunhavam serpentes e prestavam culto ao touro. Neste caso, podemos afirmar que Deméter representaria a sobrevivência da religião e dos valores matriarcais durante a cultura patriarcal guerreira dos gregos clássicos.







Na Grécia antiga, Deméter era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de "Senhora das Plantas", "A Verde", "A que atrai o fruto" e "A que atri as estações". As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre os humanos e a Deusa.




Filha de Gaia
Gaia, Géia ou Gê era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos.
Tal como Caos, Gaia parece possuir uma natureza forte, pois gera sozinha, Urano, Pontos e as Montanhas. Hesíodo sugere que ela tenha gerado Urano com o desejo de se unir a alguém semelhante a si mesma em natureza. Isso porque Gaia personifica a base onde se sustentam todas as coisas, e Urano é então o abrigo dos deuses "bem-aventurados".



ASSIM A GRANDE MÃE DEU VIDA AO DEUS E NÃO O CONTRARIO



Demeter é a continuação do principo Gaia Mãe senhora é doadora da vida,representando entretando a terra cultivada enquanto Gaia representava toda a Terra mesmo a não cultivada


DEUSA DOS GRÃOS



O povo grego, ano após ano, via, com natural pesar, os dias brilhantes do verão desvanecer-se com a tristeza da estagnação do inverno.

Ano após ano, saudava a explosão de vida e cores da primavera..

Habituado a personificar as forças da natureza e a vestir suas realidades com roupagem de fantasia mítica, ele criou para si um panteão de deuses e deusas, de espíritos e duendes, que oscilavam com as estações e seguiam as flutuações anuais de seus fados com emoções alternadas de alegria e tristeza, que expressava na forma de ritual e de mito. Um destes mitos é o da Deusa Deméter.

O mais antigo documento que narra este mito é o belo "Hino à Deméter" homérico, que nos fala tanto da Deusa Deméter como de sua filha Perséfone. O objetivo deste poema é explicar a origem dos mistérios de Elêusis.

A jovem Perséfone, diz a narrativa, encontrava-se colhendo flores, quando a terra se abriu e Plutão (Hades), Senhor dos Mortos, arrebatou-se levou-a para ser sua noiva e Rainha do Subterrâneo.

Sua mãe Deméter, em meio a dor e ao trauma emocional, retirou toda a energia vital da terra, não deixando que nenhuma semente germinasse. Teria a humanidade perecido de fome, se Zeus, alarmado não tivesse ordenado a Plutão que libertasse Perséfone. O Senhor dos Mortos, antes de enviar sua rainha ao ar livre, deu-lhe uma semente de romã para comer, o que faria com que ela voltasse para ele. Assim, foi-lhe permitido voltar para Deméter durante seis meses do ano. Os outros seis meses ela passaria ao lado de Plutão.

Com a satisfação de recuperar a filha perdida, Deméter fez com que os cereais brotassem novamente e com que toda a Terra se enchesse de frutos e flores. Imediatamente mostrou esta feliz visão aos princípios de Elêsis, Triptolemo, Diocles e ao próprio rei Celeu e, além disso, revelou-lhes seus sagrados ritos e mistérios.

Deméter passou a ser a Grande Deusa que criou a agricultura, instituiu a ordem social e por seus ritos de mistérios em Elêusis.

Deméter surge em nossas vidas para nos dizer que é hora de reconhecermos e expressarmos nossos sentimentos. Sentimentos, como a própria palavra diz, é o que se sente. Emoções são a manifestação dos sentimentos. Os sentimentos crescem em seu interior tal qual uma árvore. Chega o momento em que se você não colocá-los para fora, podem provocar doenças e bloquear o fluxo da energia sã. A maioria das pessoas têm medo de demonstrar seus sentimentos e acabam perdendo toda a emoção da vida. Deméter nos afirma, que quando você aceitar e aprender a reconhecer seus sentimentos, mais energia terá para viver a vida. No momento que você aceitar e respeitar os seus sentimentos, mais seguro se tornará expressá-los.


DEUSAS DOS GRÃOS DE VÁRIAS TERRAS

Se a Europa tinha sua deus-mãe do trigo e da cevada, a América tem sua deusa-mãe do milho e as Índias Ocidentais, a deusa-mãe do arroz.

DEUSA CHICOMECOATL (ASTECA)


A sua festa é a quarta do ano asteca e tinha o nome de "grande vigília". Os mexicanos a concebiam sob a forma de uma mulher de rosto, braços e pernas vermelhas, com uma coroa de papel pintado de vermelhão e vestida com roupas de cor de cereja. Tinha, entretanto, o cabelo amarelo de Deméter.

Era costume nesta festa, levar para o templo da deusa as espigas de milho que iriam ser usadas na semeadura. Eram levadas em grupo de sete e embrulhadas em papel vermelho, por três virgens. Uma das moças era pequena e usava cabelo curto, outra era mais velha com cabelos longos e a terceira já adulta tinha o cabelo preso em volta da cabeça. Penas eram colocadas nos braços e pernas e seus rostos eram pintados, provavelmente para se assemelharem à deusa vermelha do milho, a quem deveriam personificar nas várias fases do crescimento do cereal.



CRENÇAS DOS ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE

Os índios do leste da América do Norte, acreditavam que o espírito do milho tinha se originado do sangue da mulher dos grãos. Nas fórmulas sagradas dos cheroquis, o cereal por vezes é invocado como a "mulher velha" e um dos seus mitos conta como um caçador viu uma bela mulher sair de um pé de milho.

Os iroqueses acreditavam que o espírito dos grãos, o espírito das vagens e o espírito das abóboras eram três irmãs vestidas de folhas que se amavam muito e gostavam de viver juntas. Essa trindade divina é conhecida pelo nome de "De-o-ha'-ko", ou seja, "nossa vida". As três pessoas da trindade não têm nomes individuais e não são nunca mencionadas separadamente.





DEUSAS RELACIONADAS



Nos tempos dos gregos e romanos, Cibele era chamada de A Mãe dos Deuses. O grande Sófocles a chamava de a Mãe de Tudo.
Seu culto teve início na Anatólia Ocidental e na Frígia. Cibele era conhecida como "A Senhora do Monte Ida", uma grande montanha no oeste de Anatólia.
A montanha, a caverna, os pilares de rocha e rochedo, são locais numinosos, de uma vitalidade pré-orgânica, que foram vivenciados em participação mística com a Grande Mãe, na qualidade de trono, assento, moradia, e como encarnação da própria Deusa.
Cibele era a Deusa dos mortos, da fertilidade, da vida selvagem, da agricultura e da Caçada Mística. Sua conexão com as Deusas gregas é clara, pois Ártemis, a grande Deusa da natureza selvagem, era um de seus nomes, e Afrodite, no hino homérico, também vai ao monte Ida de numerosos mananciais seguida de animais selvagens. O hino homérico a denominava Mãe dos Deuses e a canta com essas palavras:







"Canta-me, Musa da voz clara, filha do grande Zeus, a Mãe de todos os deuses e de todos os homens, a que agrada o estrondo dos crótalos e tamborins, assim como o rumor das flautas, a gritaria dos lobos e dos leões de feroz olhar...."

no entanto ela não era filha de zeus é sim uma Deusa Mãe primordial associada tambem a Demeter e a Gaia

Deusa Temis


Têmis é filha de Gaia e Urano e pertence, portanto, ao mundo pré-olímpico dos Titãs, do qual só Ela e Leto aparecem mais tarde entre os olímpicos. Seu nome significa "aquela que é posta, colocada". Sua equivalente romana era a Deusa Justitia.
Têmis não representa a matéria em si, como sua mãe Gaia, mas uma qualidade da terra, ou seja, sua estabilidade, solidez e imobilidade. Ela é uma deusa que falava com os homens através dos oráculos. O mais famoso de todos os templos oraculares da Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo. Há pesquisadores que afirmam, no entanto, que Têmis é o próprio princípio oracular, de modo que, em vez de ter havido quatro estágios de ocupação do oráculo Delfos, foram só três: Gaia-Têmis, Febe-Têmis e Apolo-Têmis. Portanto, Têmis tinha máxima ligação com a questão das previsões oraculares e, no fundo, representa a boca oracular da terra, a própria voz da Terra, ou seja, Têmis é a terra falando. Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Monte Cáucaso, Têmis profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Héracles, salvou-o do seu castigo.



Metis neta de temis e filha de Tétis


Métis era a deusa grega da prudência, filha de Tétis e Oceanus. Foi a primeira esposa de Zeus, que forneceu-lhe a bebida que fez Cronos regurgitar todos os filhos que havia engolido. Quando Métis estava grávida da deusa Atena, Gaia profetizou que seu filho iria destronar seu pai, Zeus. Este, temendo que isto acontecesse, engoliu a deusa viva, tendo depois como fruto dessa relação Atena saída já adulta de sua cabeça. Em Roma, correspondeu à deusa Prudência



A Deusa Atena mostra o enfraqueciento de uma linhagem de Deusas Todas Poderosas caindo assim, sua antiga decendencia em desgosto do matriarca ja que ela perde o caracter de Filha Da Grande Mãe e se torna uma filha do pai




É necessario resgatar a essencia da mulher Atena sua ávo ainda não contaminina pelo patriarcado, Têmis...

A Deusa Hera





Hera para os gregos, Juno para os romanos, a Rainha do Olimpo, governava junto ao seu marido Zeus. Ela era filha de Cronos e Réia, a Grande Mãe deusa titã e foi criada na Arcádia. Teve como ama as Horas, ou as Três Estações.

O pouco que se sabe sobre ela provém de "Ilíada" de Homero, onde ganha fama de esposa ciumenta. O que descortina-se entretanto, é que em culturas patriarcais antigas, os homens tinham por regra, satirizar toda e qualquer mulher que alcança-se algum poder.

Se Hera foi uma mulher disposta à contendas conjugais, realmente é porque ela estava coberta de motivos. Zeus era um homem libertino, promíscuo e infiel. Praticamente nenhum de seus filhos foram concebidos dentro dos limites de seu casamento oficial. O único deus que nasceu da união legítima de Zeus e Hera foi Ares, o deus da guerra, o mais medíocre dos deuses gregos. Visualiza-se aqui uma sociedade contemporânea, configurada em uma família patriarcal. Zeus é o pai, o chefe, o "cabeça do casal". Muito embora os conflitos persistentes, a supremacia de Zeus é escancarada.

Zeus, pai dos deuses e dos homens era um nódico. Ele e sua paternidade de Wotan (Odin), vieram do norte junto com demais tribos, cujo o sistema social era patrilinear. Já Hera, representa um sistema matrilinear. Ela era a Rainha de Argos, em Samos e possuía no Olimpio um templo distinto de Zeus e anterior a este. Seu primeiro consorte foi Heracles. Quando os nórdicos conquistadores chegam a Olímpia, massacram a população e concedem às mulheres a lúgubre escolha entre a morte ou a submissão à nova ordem. Hera reflete, portanto, uma princesa nativa que foi coagida, mas não subjulgada por este povo guerreiro. Assim, sabe-se agora o devido motivo porque o único filho de Zeus e Hera tenha sido Ares, o deus da guerra. Realmente Zeus e Hera viviam em "pé de guerra"dentro do Olimpio.

Hera foi extremamente humilhada com as aventuras de Zeus. Ele desonrou o que ela considerava de mais sagrado: o casamento.





Favoreceu seus filhos bastados em detrimento de seu legítimo e pisoteou seu lado feminino quando ele mesmo deu à luz a sua filha Atenas, demonstrando que não precisava dela nem para conceber.










Nos dias atuais, embora a mulher através de árduas penas tenha conquistado seu espaço, os casamentos não se modificaram tanto assim. Permanecemos em uma sociedade patriarcal e o casamento ainda é considerado como uma instituição de procriação.

As mulheres continuam a sofrer violências domésticas e profissionais e a busca do tão almejado casamento por amor com satisfação sexual plena é castrado pelas concepções obsoletas cristãs. Mas, muito embora todas estas limitações e deficiências do casamento, a mulher sente-se profundamente atraída por ele. Romanticamente todas sonham em compartilhar a tarefa de criar seus filhos e estabelecer uma unidade chamada "família".


O MATRIMÔNIO SAGRADO DE HERA E ZEUS


Em muitos lugares da Grécia se celebrava o matrimônio sagrado entre Hera e Zeus, representando-se de novo o antigo ritual do casamento entre o céu e a terra, que bendezia e regenerava a vida. Na descrição de sua reconciliação na "Ilíada" todavia, podem se encontrar recordações do ritual misterioso do matrimônio sagrado antes que a imagem desse casal que tantas vezes se representava: quando se reconciliavam, toda a terra floresce.
E, quando Zeus toma Hera em seus braços, os oculta uma nuvem dourada muito espessa como para que o Sol a penetre:

"Digo que o filho de Crono estreitou a esposa em seus braços.
Abaixo deles a divina terra fazia crescer branda erva,
lótus cheio de orvalho, açafrão e jacinto
espesso e fofo, que ascendia e protegia o solo.
Nesse tapete se esticavam, cobertos com uma nuvem
bela, áurea, que destilava nítidas gotas de orvalho.
Assim dormia sereno o pai e no mais alto do Gárgaro,
entregue ao sonho e ao amor, com sua esposa nos braços".

Era como se esse acontecimento divino, que antigamente unia os princípios complementarios do universo, se secularizasse na Grécia patriarcal para servir, antes de tudo, como modelo para o reto ordenamento da sociedade mediante o cumprimento devido à cerimônia do matrimônio. (As mulheres gregas, devemos recordar, estavam excluídas da democracia igual aos escravos; careciam de direito ao voto e raramente desfrutavam do mesmo direito à educação que seus irmãos e maridos).

"Tu eres quem passa a noite nos braços do supremo Zeus", se converteu na expressão emblemática da autoridade de Hera, uma fonte ambivalente de satisfação para alguém acostumada a ser Deusa por direito próprio, como implicam os relatos de sua fúria ante a liberdade de ZeusSe essa fúria for retirada do contexto marital e devolvida ao momento histórico, momento em que os que contraíam matrimônio representavam modos de via em universos diferentes e inclusive opostos entre si, o sentido da injustiça de Hera se revela claramente como negativa a submeter-se ao estabelecido por Zeus relação com a fusão das duas culturas (gregas e nórdicas).
Enquanto Hera, as vezes, compartilha o altar com Zeus, a recordação de sua antiga independência sempre estava presente: ele não devia duvidar que a Deusa era sua irmã maior, e que inclusive o salvou quando era criança das facetas de Crono, posto que em alguns relatos foi ela mesma que o levou à Creta.

Todas essas histórias, lidas simbolicamente, contribuem para aumentar o sentimento de protesto mitológico ante a perspectiva de submeter-se ao julgo do matrimônio com um companheiro desigual. O que se conclui é que Hera havia contraído um matrimônio à força e nunca se tornou realmente esposa.


HERA ANTES DE ZEUS


Estudos mais apurados revelam que Hera já existia muito antes do aparecimento de Zeus. Em Olímpia, seu templo é bem anterior ao do seu marido. Ali foram encontrados selos minóicos onde Zeus aparece de pé, como um guerreiro de barba longa (característica nórdica), junto à Deusa sentada no trono, o que sugere que o Deus é o eleito da Deusa e não o contrário.

Seu nome, que significa "Senhora", não é, como o de Zeus indoeuropeu e as imagens de serpentes, leões e aves aquáticas que a acompanham lhe outorgam uma linhagem muito antiga. Heródoto pensava que os gregos haviam tomado a Deusa Hera dos indígenas pelasgos da Grécia setentrional. Dessa maneira lhe devolve a unidade, originária e criativa, que lhe corresponde.








DEUSA TRÍPLICE

Na Arcádia, ao ser celebrada como a Grande Deusa dos tempos pré-homéricos, Hera possuía três nomes. Na primavera era Hera "Parthenos" (Virgem). No verão e no outono tomava o nome de Hera "Teleia" (Perfeita ou Plena) e no inverno chamava-se Hera "Chela" (viúva). Hera, a antiga deusa tríplice não tinha filhos, de modo que, os mistérios da maternidade não estão aqui simbolizados, mas sim os mistérios das fases da mulher "antes" do casamento, na "plenitude" do casamento e "depois" na viuvez. As três facetas de Hera também ligam-se às três estações e às três fases da Lua.


Assim vemos varias gerações de Deusas que passaram por poucas e boas por causa do patriarcado em meu coração espero que tal situação mude é que a Deusa volte a seu trono sagrado na sociedade que é por direito seu devido lugar

Nossa missão como filhas da deusa é fazer com que essa ascensao aconteça

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

tudo isso escrito em
http://sagrado-feminino.blogspot.com/

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

tudo isso escrito em
http://sagrado-feminino.blogspot.com/

Anónimo disse...

Muito obrigada por todo este material.
Oportunamente hei-de servir-me destes textos noutros escritos.

um grande terno abraço par si

rosa leonor