O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 08, 2009

ABEL E CAIM


"A paz sobre esta Terra não pode ser a supressão das forças opostas, mas a sua conciliação no interesse de um fim comum: a vida indestrutível."
In « L’OUVERTURE DU CHEMIN » de ISHA s. DE LUBCZ

HÁ UM ESTADO DE CONSCIÊNCIA QUE NOS ELEVA
A UMA COMPREENSÃO DO MUNDO ACIMA DA DUALIDADE,
ACIMA DO BEM E DO MAL...


Sofrimento e dor, alegria e prazer, nascimento e morte fazem parte da roda da vida para quem está sujeito às Leis do Karma, aos ciclos da vida, ao resultado das suas acções passadas, como todos nós humanos...
Todos sofremos o momento actual, a crise e a guerra como se o mundo se dividisse entre vítimas e culpados…mas não é bem assim, embora aos nossos olhos desarmados de uma consciência superior nos pareça sempre que há os inocentes e os culpados.
E olhamos a guerra e a paz como se elas fossem a ausência de uma ou outra...mas a guerra ou a paz são apenas o lado em que nos focamos. E se quisermos a Paz não é só uma questão de fazer cessar fora a guerra porque mais tarde ou mais cedo ela rebenta noutro lado…se houver algum lugar ainda onde ela não esteja instalada. Há milénios que assim é e não é uma questão de evolução ou progresso que faz o Homem parar de lutar contra um inimigo que ele inventa e que está dentro dele próprio!

ISRAEL E PALESTINA

Por isso não podemos simplesmente estar contra ou a favor de nenhum dos lados, ambos os lados nos pertencem. A batalha trava-se dentro de cada ser e o inimigo é a nossa ignorância, o nosso medo, os conceitos e os credos, A FÉ CEGA DE UM E OUTRO LADO e que nos aprisiona e nos ilude de que o "outro" é o culpado. Não importa quem é o David e o Golias, há sempre um mais forte e um mais fraco.
Abel e Caim representam desde os primórdios a nossa da nossa história a dualidade do nosso próprio ser, e já devíamos ter aprendido que a guerra não cessa por matar o irmão mais próximo, mas sim quando o aprendermos a amar...a amar o nosso outro lado, a nossa outra face...
POR ISSO CRISTO DIZIA QUE DEVIAMOS AMAR O NOSSO INIMIGO, POIS ELE SABIA QUE SOMOS AINDA NÓS MESMOS.

Dois mil ou cinco mil anos passaram perante o nosso conflito interior e ainda ninguém entende o dilema do seu próprio ser. Que nós somos o amigo e o inimigo de nós mesmos. E todos caímos na armadilha do mundo, da separatividade, do bem e do mal. Na ilusão dos sistemas, das economias, na ilusão das ideologias, das políticas e das religiões. É precisamente isto que os israelitas e os palestinos estão a fazer. São o espelho do nosso Mundo. Ontem como hoje, os irmãos fratricidas tal como nos reinados e na política e nas famílias, houve e há sempre um irmão que mata o outro...e os que primeiro lutam pela Paz e pela Justiça tornam-se no seu contrário a seu tempo e passam a "terroristas" como o Hamas...e os israelitas que foram as maiores vítimas do nazismo tornam-se eles próprios agora mais abomináveis do que Hitler...

Há milhares de anos que o Homem se digladia sem perceber que se mata a si mesmo...que é o seu sangue que verte. Caminha na ilusão do progresso, da evolução, na ilusão da ciência e da tecnologia, mas NADA SABE DE SI MESMO, é cego! Cega-o a ganância e o orgulho a vaidade e egoísmo.
Mas EXISTE uma libertação do ciclo? Há um método ou um meio de nos libertarmos deste ciclo vicioso em que todos giramos e em que os pratos da balança se inclinam ora para um lado ora para outro?
Há e é individual, pessoal e intransmissível…
E os Mestres dizem que sim ou como...
Há muito tempo que eles nos dizem que "O Reino dos Céus está dentro de nós", mas os humanos teimam em criar um mundo de mentira e ilusão e lutam por ele, lutam como bestas, piores do que os animais irracionais…

O OLHO DE HÓRUS, a Terceira Visão, o Caminho do Meio...
A única via é sintonizar a Paz dentro de nós pois ela está dentro de nós tal como a guerra. É escolhermos sintonizamos a nossa vida na frequência que quisermos...temos o aparelho certo, o sentido certeiro, a Visão singular... A escolha é nossa...

Temos de nos virar para dentro. Temos de nos sintonizar com a Alma e o Espírito, com a essência divina seja qual for o Nome que lhe dermos. Temos de deixar de nos deixar controlar pelo medo e pela ausência...e olhar ao centro, deixar a união das energias se fundirem para que a harmonia do Ser se estabeleça. A meditação é um meio Nobre como as 8 verdades de Buda...
O nosso coração é o Centro...a ferramenta...o Fiel da balança...e está sempre no meio...é a Consciência Superior, acima do Ego e da Personalidade.
rlp
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“Algumas pessoas confiam em líderes, mas não confiam em si mesmas. Porquê? Quando nós, habitantes deste planeta, começarmos a confiar em nós mesmos e nas mudanças que queremos que aconteçam, quando começarmos a acreditar que queremos realmente a paz no mundo, ela não demorará nem um dia a ser estabelecida.” *
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*Citação de Maharaji, Nova Deli, Índia, 4 de Novembro de 2005
Do Livro: A PAZ É POSSÍVEL de Andrea Cagan

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