O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, janeiro 23, 2009

AS DUAS MULHERES...

mulheres & deusas
Algumas das minhas habituais leitoras e os poucos leitores que tenho, estranharão este aparente afastamente das coordenadas deste Blogue e poderão deduzir pelas minhas próprias palavras que me afastei do meu Caminho inicial...que me estou a afastar das Mulheres & Deusas...mas não é verdade. Voltarei sempre a esse ponto de partida. Mesmo que de algum modo o meu Foco tenha mudado na táctica, ele não muda na essência. A Mudança e a Evolução da Consciência passa sempre pela união dos princípios, feminino e masculino e pela fusão dos polos complementares...Antes da mulher se tornar um ser espiritual ela tem sempre de integrar a sua sombra.

Agora, digamos que trabalho sobre os dois planos...ou mais na síntese, se preferirem, mas sempre que for necessário clarificar um ponto inalienável da consciência do ser como o é a integração das duas mulheres, por assim dizer os dois esteriótipos de Eva e da Lilith ou da Virgem e da Maria Madalena, o meu empenho será o mesmo. Essas duas mulheres continuam divididas na nossa sociedade e cultura e o cinema modermo e muito máu continua a difundir o antagonismo das duas mulheres que na verdade correspondem à natureza de uma só, e podemos ver amplamente divulgado nas famosas telenovelas o ódio gerado e o conflito permanente entre a esposa e boa mulher e boa mãe e a desvairada, a assassina a prosmícua ou a puta...É o caso da Favorita...no Brasil. Nós por cá também asssitimos todos os dias ao ódio corrosivos dessas duas mulheres que simbolizam a boa e a má...esse espírito de divisão e ódio entre as mulheres molda milhões de espectadores...tanto mulheres como homens.

Porque será?

Ainda ontem vi parte de uma série muito má sobre demónios e exorcistas em que aparece uma criança belísssima mas diabólica com o nome de Lilith justamente e que destrói cruelmente os homens, sempre os bonzinhos da fita ...

É assim que se propagam o ódio à mulher e a divisão entre elas, criando uma cisão interior na própria mulher fazendo com que elas se odeiem entre si e inclusivo os homens as temam e odeiem também. Portanto este tema é sempre actual e eu não deixarei nunca de o denunciar...

rlp

2 comentários:

josaphat disse...

Rosa, estou lendo um livro que encontrei em nossa biblioteca pública. Chama-se "Memórias de Helena de Tróia". A autora é Sophie Chauveau. O exemplar que tenho, em português, é da Editora Rosa dos Tempos Ltda. O título original é "Mémoires d'Hélène".
Sei que você lê o francês. Ainda não o terminei de ler e não posso, agora, fazer uma avaliação completa, mas o livro é muito bom. É uma versão da mitológica guerra e de tudo que ela representou em termos de transformação do mundo, a ascensão do patriarcado principalmente, pela ótica de Helena, cuja mãe, Leda, segundo a autora (que fez uma pesquisa imensa, podes crer) foi a última rainha da Esparta matriarcal. A Lacedemônia sempre foi (talvez junto de Lesbos) o estado grego mais flexível às mulheres. Ainda vou fazer uma postagem no blog com uma análise mais detalhada do livro. Sugiro-lho como leitura. Há informações que trazem uma visão bem diferente da dos poetas tradicionais, inclusive, conferindo à Nausícaa a autoria da Odisséia. Interessantíssimo.
P.S. Desculpe o longuíssimo comentário.

Anónimo disse...

Muito obrigada pela sua dica...
vou procurar o livro. Fico-lhe muito grata pela sua sugestão de leitura.
Quanto a si pode sempre alongar-se tanto quanto sentir vontade...
depois lhe direi se consegui ou não o livro em Portugal.

um abraço
rleonor