O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

OS DONOS DA NATUREZA...


A BESTA HUMANA

O homem que não tem mãe, que não foi amamentado, que não está em ressonância com a Vida desde o seu nascimento, que não foi amado e que submete pela força a mulher, a mãe e a Natureza, o que acontece principalmente aos homens das cidades, mas a todos os filhos em geral de pais alienados da essência feminina, acabam por não ter uma relação verdadeira com ninguém, acabam por não sentir afecto sequer pelos animais, e por isso nada têm para dar e tudo o que fazem na vida é sacar aos outros e destruir tudo o que têm pela frente. Domina-os a sede de poder e ódio, pela falta inicial do amor da Mãe, pela falta da iniciação amorosa da mulher…
E este é o cenário de uma sociedade masculina, sem Deusa nem mãe, sem consciência do feminino sagrado, que só forma seres predadores, desde os “primatas” aos consumidores do século XXI e que se tornou muito óbvio nas nossas sociedades modernas…
E o que vimos no mundo e continuamos a ver pela constante destruição e guerra contra populações inocentes é a imagem do que construíram os homens do patriarcado, os homens de “deus pai” que arrasaram tudo pelo seu desejo de poder pessoal e de riqueza, desde há milhares de anos.
Do princípio da nossa civilização até aos nossos dias os cenários de destruição e guerra não mudaram nada. Apenas os meios de destruição, as armas e as bombas são mais "eficazes" do que as espadas, espingardas e os canhões...
Para que isso chegasse ao horror dos nossos dias os homens basearam-se nos seus apregoados Filósofos, políticos, escritores, pensadores e cientistas que pertencem todos a esta raça de homens sem mãe… e o que eles fizeram ao planeta e à natureza está agora à vista de todos…

Senão vejamos o que eles disseram e escreveram:

“Aristóteles definiu a visão clássica grega no seu ensaio intitulado “Política”: “As plantas existem por causa dos animais, e as bestas selvagens por causa do Homem – os animais domésticos para seu uso e alimentação, e os selvagens (a maior parte, pelo menos) para alimentação e outros acessórios tais como ferramentas e vestuário.”

A perspectiva romana foi bem resumida por Cícero, que escreveu: “Somos os donos absolutos do que a terra produz. As montanhas e planícies são para nossa fruição. Os rios pertencem-nos. Deitamos à terra as sementes e plantamos as árvores. Fertilizamos o solo. Barramos, orientamos e mudamos o curso dos rios; em suma, pelas nossas mãos e várias operações neste mundo, fazemos o mundo como se fosse uma natureza diferente.

No início do século XVII, Francis Bacon tornou-o explícito no Novum Organum ao escrever: “Venho em verdade conduzir até vós a Natureza e todos os seus filhos para os colocar ao vosso serviço e torná-la vossa escrava.”

No século XIX, Karl Marx escreveu que o objectivo do socialismo é “regular racionalmente o seu (da Humanidade) intercâmbio material com a Natureza e colocá-la sob o seu controlo comum(…)”.

Engels referiu-se aos humanos comoos verdadeiros donos da Natureza”.

Inicialmente aplicámos estas convicções dominadoras apenas à Natureza. Em vez de competirmos simplesmente com os outros animais pela nossa provisão alimentar, começámos a dominá-los. Já que os dominávamos, podíamos ir além de competir simplesmente com eles até ao ponto de os destruir completamente todos… o que fizemos a todas as espécies que competiram connosco ou que interferiram com o nosso acesso aos alimentos ou à terra para os produzir. Dos lobos aos insectos e às ervas daninhas, desenvolvemos novas e melhores formas de aniquilar os nossos concorrentes.”

AS ÚLTIMAS HORAS DA ANTIGA LUZ DO SOL, Thom Hartmann

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