O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 14, 2009

A ALMA DOS POETAS MORTOS...


"Esta imagem do Centauro, de Gustave Moreau, representa a figura feminina que será “a alma” mas também “o poeta/poetisa morto/a”, condição para poder ser ressuscitado/a.

A jovem mulher tem a força e a delicadeza, uma atitude de cura, e representa Quíron, cujo processo começa quando as palavras falham." E.S.

Reportando-me a esta imagem que uma amiga me enviou e que gosta de astrologia, eu direi mais qualquer coisa sobre o que esta imagem me sugere...

A beleza e a poesia que a mulher como musa evocava para o homem, para a sua existência, a mulher autêntica, a mulher que inspirava e animava o homem pela sua essência ele matou-a dentro dele e fora dele...aliás a história dos seus heróis e mitos diz isso mesmo.
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A sociedade patriarcal exibe como troféu uma mlher morta e sem alma...
rlp
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"As Cárites, as ninfas, as sereias, as musas, as três graças, as moiras e outras inúmeras figuras, são as forças melodiosas, dançantes e proféticas dessa mulher inspiradora e inspirada na qual o masculino, muito mais distante das origens, busca sabedoria quando impelido pela necessidade. E vezes e vezes seguidas, encontramos essa mulher mântica ligada aos símbolos do caldeirão e da caverna, da noite e da lua. Com efeito, o caldeirão não é o só vaso da vida e da morte, da renovação e do renascimento, mas também da magia e da inspiração. O caráter de transformação que lhe é inerente passa pela decomposição e pela morte, para chegar à intensificação extática e ao nascimento do espírito eloquente, o qual conduz sob inspiração extática à palavra, ao cântico e à profecia, como sintomas do renascimento."
(...)
ERICH NEWMAN in "A GRANDE MÃE"

2 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

ATE que ponto a hunidade deseja viver sem a deusa ou sempre delegando a ela poderes menores do que no passado?até que ponto os pseudo mestres iram se negar a falar sobre a deusa ?Até que ponto teremos medo dos nossos proprio pensamentos e da nossa emoção?até que ponto eu pretendo ir enfrente com essas perguntas?até que ponto a mulher será deixada de lado nos sistemas religiosos e filosoficos,ate aonde eu poderei ir em frente com essas perguntas....e a ultima e não menos importante sera que alguem algum dia se preucupara em respondelas,fica aqui minha pergunta.

Anónimo disse...

Gostaria de responder à sua pergunta e talvez um dia destes escreva sobre isso.

continue fiel a si mesma...e a deusa. ela lhe responderá antes de mim!

um grande abraço

rleonor