O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 13, 2009

A ALIENAÇÃO DOS MÉDICOS E DA MEDICINA


Os médicos são quase deuses para a pessoas em geral, sobretudo para as pessoas mais ignorantes e desprotegidas que na sua miséria e desgraças se enchem de maleitas, sobretudo as pessoas idosas, nomeadamente as mulheres, sempre as mas sobrecarregadas, que no seu infortúnio, vêem nos médicos os seus salvadores e viram-se para esses falsos deuses com a mesma fé que antes tinham em deus e iam ao confessionário procurando o consolo dos padres.

E os médicos aproveitando-se disso tornaram-se em déspotas, arrogantes, vaidosos e oportunistas que se servem de toda essa miséria para angaria domínio e importância social, protagonismo e dinheiro.

Eles estão tão distantes de qualquer deontologia, de qualquer rasgo de consciencia humanitária (admitindo sempre as excepções à regra, claro), que a sua acção é hoje mais perigosa do que as doenças em si. Eles estão tão agarrados ao seu poder em Portugal que agora lutam com todos os dentes para manter o direito de serem eles a escolher receitar medicamentos 3 vezes mais caros para receberem os benefícios das grandes farmaceuticas que lhes pagam as suas regalias e não querem receitar genéricos, produtos muito mais baratos, só para não perderem essas benesses.

É tão descarada esta luta pelo poder e pelo dinheiro, quer dos médicos quer dos políticos, tão grande a sua cegueira e ambição, que nem o governo nem os ministros querem saber para nada das pessoas mesmo no meio desta crise que ameaça toda a gente.


"O Elo Perdido da Medicina

"Você que é homem não sabe o que é extirpar um útero e aproveitar e arrancar os ovários considerados, neste caso, sem mais função alguma. Você talvez nem sinta na pele o que é extirpar os próprios testículos, porque não acredita que a sua próstata irá adquirir um tumor maligno. Mas você que é mulher sente o corpo arrepiar só de ouvir isso – embora talvez nunca se tenha perguntado – o porquê de a ginecologia, por exemplo, ser uma especialidade dominada pelos homens. Da mesma forma, você é orientada a submeter os seus seios, além do desconforto e dor, ao bombardeio de raios X, periodicamente, sem questionar se há outro método de vigiar a saúde de suas mamas. Ou, ainda, basta uma consulta médica, com ou sem sintoma algum aparente, e crianças, jovens, adultos e idosos de ambos os sexos são encaminhados cada vez mais para laboratórios e clínicas de exames radiológicos e eletroeletrônicos que demandam contrastes de substâncias químicas, algumas tóxicas, circulando no nosso organismo. Sem falar do custo em dinheiro.

Porque o médico, como mediador entre a natureza e o organismo, perdeu o lugar para a medicina como ordem médica. A medicina perdeu para os equipamentos e laboratórios, estes, para a tecnologia, e esta, para a indústria e o capital. Quão distantes da natureza nos tornamos.

Não há dúvida, algo está errado neste cenário. Mas onde isso tudo começou, onde foi que erramos? Quando perdemos esse elo com a natureza? Perguntas sugestivas numa época (século XXI) em que constatamos quão adoecido está o ambiente total, o planeta."
(...)
Dr. Eduardo Almeida & Luís Peazê

4 comentários:

Cristina Fernandes disse...

Olá Rosa!
Continuo a acompanhar o seu blogue sempre que posso. Não sei se recorda de mim, conhecemo-nos no lançamento do seu último livro no Estoril.
Tudo a correr bem!
Cristina Fernandes
www.omomentocerto.blogspot.com

Anónimo disse...

"sobretudo as mulheres"
tbm se refere a sindrome de munchausen, que postei dias atrás, sobre pessoas, sobretudo mulheres, e principalmente mães, que adoecem a si e aos filhos de propósito para terem atenção médica, sendo esta a única atenção q recebem...
Sem saber q do outro lado estão seres igualmente doentes e fragéis...
Nana

Anónimo disse...

Sim, Cristina, lembro-me de si e fui ver o seu blogue também.
Diga qualquer coisa um dia destes. podemos falar. Afinal estamos tão perto...

um abraço

rleonor

Anónimo disse...

Esse ponto de que fala é muito real. faz parte da psicologia dos carenciados e mais pobres e claro as mulheres sobretudo. Valia desenvolver esse ponto. Porque não o faz?

Um abraço

rleonor