O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 16, 2009

NÃO LEVAR NADA A NÍVEL PESSOAL...


(...)

"Aonde quer que vá, encontrará pessoas mentindo para você. E, quando sua consciência aumenta, vai reparar que você também mente para si mesmo. Não espere que as pessoas lhe digam a verdade, porque também mentem para si mesmas. Você precisa confiar em si mesmo e escolher acreditar ou não no que alguém lhe diz.

Quando realmente enxergamos outras pessoas como elas são, sem levar para o lado pessoal nunca poderemos ser feridos pelo que os outros digam ou façam. Mesmo que os outro mintam para você, não há problema. Estão mentindo porque têm medo. Têm medo de que você descubra que eles não são perfeitos. É doloroso retirar a máscara social. Se os outros dizem uma coisa e fazem outra, você estará mentindo para si mesmo se não prestar atenção nos atos deles. Se for verdadeiro consigo mesmo,irá poupar um bocado de dor emocional. Dizer a si mesmo a verdade pode magoar, mas você não precisa ficar ligado a essa dor. A cura é iniciada e toma-se apenas uma questão de tempo para que as coisas melhorem para você.

Se alguém não o está tratando com amor e respeito, é benéfico que se afaste de você. Se essa pessoa não se afastar, você vai permanecer anos a fio sofrendo com ela. Afastar-se pode magoar por um instante, mas seu coração irá curar-se disso. Então você pode escolher o que realmente deseja. Irá descobrir que não precisa confiar nos outros tanto quan¬to precisa confiar em si mesmo para fazer as escolhas corretas.
Quando você toma um hábito forte não levar as coisas para o lado pessoal evita muitos aborrecimentos em sua vida. Sua raiva, inveja e ciúme irão desaparecer, e até mesmo a tristeza irá dissolver-se quando você aprender a não levar as coisas para o lado pessoal.
Se você tomar esse segundo compromisso um hábito, irá descobrir que nada pode colocá-la de volta no inferno. Uma grande quantidade de liberdade fica acessível quando você deixa de levar as coisas para o lado pessoal. Você se torna imune à magia negra, e nenhum encantamento pode afetá-lo, não importa quão poderoso seja. Todo mundo pode mexericar a seu respeito, mas se você não levar para o lado pessoal, estará imune. Alguém pode enviar veneno emocional intencionalmente, mas se você não levar para o lado pessoal, estará imune.

Quando não aceita a dor emocional, ela se torna pior para quem a enviou, mas não atinge você.
Pode perceber como esse compromisso é importante.
Não levar nada para o lado pessoal ajuda a quebrar muitos hábitos e rotinas que o prendem ao sonho do inferno e causam sofrimento desnecessário. Apenas praticando esse segundo compromisso você pode começar a quebrar dúzias de pequenos outros compromissos que lhe causam sofrimento. E se pratica os primeiros dois compromissos, irá quebrar setenta e cinco por cento dos pequenos compromissos que o mantinha ligado ao inferno.
Escreva o compromisso num papel e coloque na geladeira para lembrar você todo o tempo:

Não leve nada para o lado pessoal.
Enquanto você se acostuma à prática de não levar as coisas para o lado pessoal, não vai precisar colocar sua confiança no que os outros dizem ou fazem. Só precisará confiar em si mesmo para fazer escolhas responsáveis. Você nunca é responsável pela ação dos outros;só é responsável por si próprio.Ao compreender verdadeiramente isso recusando-se a levar as coisas para o lado pessoal, você mal pode ser atingido pelos comentários descuidados ou ações dos outros.

Se você mantém esse compromisso, pode viajar ao redor do mundo com o coração completamente aberto e ninguém será capaz de lhe fazer mal. Pode dizer"eu amo você" sem medo de ser ridículo ou rejeitado. Você aprende a pedir o que precisa. Pode dizer sim ou não - qualquer que seja sua escolha - sem culpa ou autojulgamento. Você pode escolher sempre seguir seu coração. Então estará no meio do inferno e será capaz de experimentar paz e felicidade. Você pode permanecer em seu estado de graça e o inferno não será capaz de afetá-lo.
(...)

Sobre o autor

" Nascido numa família de curandeiros. Don Miguel Ruiz foi criado no México rural por uma curandera e um avô Nagual(xamã). Seus familiares imaginaram que Miguel iria abraçar o legado centenário sobre curar e ensinar,e prosseguiram com os ensinamentos toltecas. Em vez disso,distraído pela vida moderna.Miguel preferiu freqüentar a faculdade e tornar-se cirurgião.
Uma experiência quase fatal mudou sua vida. Tarde de uma noite no início dos anos 70, ele acordou subitamente,tendo adormecido ao volante do seu carro.Naquele instante ,o automóvel chocou-se com uma parede de concreto, Don Miguel lembrou-se de que não estava em seu corpo físico quando levou seus dois amigos para um lugar seguro. Chocado com essa experiência , começou um diálogo de perguntas interiores. Devotou-se, com sua mãe, ao domínio ancestral antigos,completando seu aprendizado com um poderoso xamã no deserto mexicano. Seu avô, que já havia morrido, continuou a ensina-lo em sonhos.
Na tradição dos toltecas, um nagual guia o indivíduo na direção da liberdade pessoal.

Don Miguel Ruiz é um nagual da linhagem do Cavaleiro da Águia.

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