O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 04, 2009

sentada à beira mar....


“O Carma conduz, o Carma movimenta-se, o Carma toma, o Carma segue; o Carma une, o Carma liberta, o Carma dá, o Carma nunca descansa. 0 Iogue inteligente observa o Carma e aprende com ele; inato, através do poder da espiritualidade, afasta-se do Carma - VARAHI TANTRA.” AD


Hoje estou lúcida, amanhã não sei…
Neste momento sinto uma grande preguiça para escrever; não me apetece discutir ou argumentar, olhar para o mundo lá fora…estou mais atenta ao que se passa dentro de mim…à terra e ao mar, ao ar que respiro…é preciso estar atento e não entrar em conflito com a matriz de controlo. O melhor é não lhe dar energia. Enquanto alimentarmos o conflito estamos prisioneiros dele, é isso que é pretendido. É o mesmo que se passa entre as pessoas. Quando elas querem conflito é melhor sair do caminho e não criar atrito…é desviar a atenção e manter a serenidade. Sabemos que o ruído só vem se estalarmos as duas mãos uma contra a outra…uma só não cria impacto…Todo o conflito alimenta a dualidade…vivemos disso há séculos.

Neste momento é tempo de parar. Falo de mim mesma, é claro e a todos os níveis. Não quero levar pessoalmente nada…cada um canta, fala, ri (de mim? seja), interpreta, sonha da maneira que quer pode ou escolhe e todos têm razão ao defender as suas visões, sonhos e escolhas.
Por mim quero ir para lá das subjectividades e das aparências…quero ficar calma no meu canto. Ligada ao meu coração. Quero silêncio e não confusão.
Já vivi e passei por quase todas as fases que o ser humano passa e o motor que as move felizmente quebrou…o meu ego e a minha libido já não me aliciam nem sequer me iludem e por isso não me levam a nenhum sítio. Já não quero chegar a nenhum lado nem convencer ninguém de nada.
Amanhã posso pensar na mulher iraniana que foi enforcada…ou na gripe suína que foi inventada pelos mercados farmacêuticos ou coisas ainda piores que a mente humana nem concebe, mas hoje, quero estar em paz…
Talvez faça um longo interregno neste Blogue…quem sabe?
Não que me retire ou vá para uma ilha deserta…mas vou parar uns tempos e ver o que acontece.
Também é possível que volte já amanhã. Nada me impede...

rlp

“Se uma pessoa é falsamente acusada de alguma coisa, então o mérito do acusador é transferido para esta pessoa e o Carma negativo do acusado passa para o acusador. Não se deve nunca maltratar um convidado, porque o convidado então fica com o Carma positivo do anfitrião e deixa o seu Carma negativo com ele - PASHUPATA SUTRA/SHIVA PURANA.”
AD (in pistas do caminho)

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