O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 24, 2009

NÃO É A BARBÁRIE A MESMA?


ONTEM COMO HOJE…


“Nómadas por necessidade, as tribos de pastores vêm rapidamente enriquecer mediante incursões e guerras para roubar rebanhos. (…)

Deslocando-se incessantemente, hordas turbulentas pilham um distrito atrás do outro. Os prisioneiros machos são mortos, as mulheres são levadas como escravas.” Essas mulheres-butim, transformadas em escravas, eram simples mulheres, nas quais se faziam filhos. Isso aumentava as tribos mas também contribuía com sangue estrangeiro. Seja na Índia ou alhures, o mito de uma “raça ariana pura” é escroqueria, e a proclamada “ superioridade” é uma impostura pura e simples, cujas consequências o mundo ainda hoje sofre.

(…)

Nossas modernas sociedades patriarcais são sempre construídas sobre a mesma piramidal, e o chefe de Estado, seja o rei seja o presidente, é sempre o chefe do exército.”

(…)

“Seria um eufemismo chamar de “fogoso” o macho ariano. Para ele qualquer mulher é uma presa à disposição da pulsão sexual, cuja intensidade beira a bestialidade (…)”


in André Van Lysebeth, Tantra o Culto da Feminilidade



Num mundo absurdo como aquele em que vivemos hoje, em que convivemos com o pior da espécie humana, em que cada dia o mal se agrava ou a capa que cobria as enormidades deste mundo se destapam diante dos nossos olhos incrédulos, o que podemos fazer para não perder o bom senso, a integridade e a confiança num mundo melhor?

Como não perder a pureza dos nossos sonhos? A vontade de criar e acreditar ainda num mundo novo? Como preservar a beleza do ideal e a força dos que acreditavam poder construí-lo?

Aos 16 anos eu comecei a acreditar na política e nas ideologias…aos 25 no esoterismo e na teosofia…aos trinta, na realização interior através da meditação, aos 40 na Grande Deusa Mãe…

Hoje que tenho mais de 60 e não consigo acreditar em nada deste mundo moribundo e caótico. A ideia de Deus foi completamente profanada. Não é possível acreditar mais nesse deus dos homens! Nesse deus vingativo e cruel que cria as castas, que castiga e condena e mata, de certeza que não acredito mais. Nenhum deus do Olimpo masculino, nenhum deus dos mitos nem das escrituras “sagradas”da Índia, das Arábias ou dos cristãos!


Creio na minha alma e na força que me anima, nas Forças vivas da Natureza, na força dos elementos e na nossa grande Mãe Terra e na sua abundância, na Mulher como Mãe e amante da vida. Acredito que um dia o Princípio Feminino virá de novo restabelecer o equilíbrio entre os seres humanos, propor a sua Verdade, a Justiça, a sua Paz…


Para mim, é muito óbvio que a discrepância que existe no mundo e todas as suas famigeradas injustiças e desequilíbrios seja social e económico ou financeiro se devem à exploração dos seres humanos por outros seres humanos. Nenhum Sistema alterou isso no essencial, porque esses desequilíbrios se devem sobretudo às desigualdades entre o homem e a mulher em todas as sociedade, às acintosas diferenças entre os sexos nas sociedades orientais, à forma como tratam a mulher e a terra, à exploração e condição da mulher como objecto de produção ou consumo no mundo ocidental. Essa diferença, torna desde crianças os "filhos do homem" cruéis e déspotas...

Não vale a pena deixarmo-nos enganar pelos filmes nem pelas aparências do mundo actual europeu e o seu modelo fingido de igualdade e emancipação das mulheres! As mulheres continuam a ser tratadas como uma espécie inferior a nível social e económico e político e só o não são as mulheres que se tornaram “iguais” aos homens e não passam de travestis, tão masculinas e agressivas como eles…

Mas tudo isto não é novo, o que é sempre espantoso é que durante séculos ou mesmo milénios o ser humano ainda não se ter libertado e não ter alterado o Sistema que o torna um escravo…que as leis, dogmas e preconceitos milenários prevaleçam e sirvam ainda para explorar e oprimir populações inteiras do mundo, mantidas na ignorância, na mais abjecta miséria e sujeitas à maior violência no Planeta!

Em nome de um deus macho e de todos os poderosos da terra, brâmanes, sacerdotes, padres, bispos, papas ou profetas, a humanidade foi dividida em castas, classes e grupos e mantida assim pelos séculos e ainda hoje, na China, na Índia ou no Irão, para não falar em África, no Biafra ou no Darfur, nos campos de refugiados; gente amontoada em condições sobre-humanas, totalmente dominada pelos credos mais primitivos e fanatismos violentos e ainda vive assim: da forma mais abominável e degradante que fogem das suas guerras.

Em nome de homens, os arianos, Chefes de Estados, presidentes e Generais, políticas de crime, de sistemas obsoletos, o ser humano é ainda sujeito às maiores sevícias e violações; e mesmo no alardeado mundo ocidental civilizado, sofisticado e supérfluo, permite e convive com tudo isto como se fosse um filme de ficção; ele ainda cria a sua própria ficção e se prepara para lançar, não mais uma bomba atómica que a criou e lançou no Japão, mas uma vacina perigosíssima, senão mesmo assassina em nome de e em defesa da saúde colectiva, apenas para servir propósitos obscuros e interesses do governo mundial, o governo sombra dos poderosos que manipulam o mundo, e que dizimam populações através de uma guerra ou de um vírus … Este não será o primeiro! Ou não será esta a nova forma de guerra…matar calculada e cientificamente as populações…que para eles não servem para nada e que ameaçam o planeta e a “integridade” das suas fortunas e bens?

Esta é a sofisticação do mundo ocidental…mata lentamente, mas lava daí as mãos. E manda lavar as mãos à população infectada…quando noutros pontos do globo simplesmente não há água para beber!

Esta é a lição que aprenderam os poderosos com os romanos e seus antepassados… e desde os romanos, todos os bárbaros que dominaram o planeta, que formaram um Império do medo, pouco ou nada mudou na essência dos valores e na conduta humana. São os mesmos escravos e os mesmos senhores…TUDO É CAMUFLADO DE OUTROS VALORES MAS NA REALIDADE DAS COISAS, VEMOS ISSO MESMO...

Por isso creio, é a única coisa que creio hoje, que se as mulheres se tornarem conscientes do seu valor e poder interior, da sua força intrínseca, elas podem mudar e salvar o mundo…

A começar por não se deixarem vacinar a elas nem aos seus filhos…

rlp

2 comentários:

Anónimo disse...

Documentário impressionante:
"The greatest silence - Rape in the Congo"
O documentário revela a triste realidade das mulheres do Congo que no meio da guerra estão sendo estupradas sistematicamente pelos próprios soldados de seu país que difundem uma crença absurda de que isso ajudaria o país a vencer a guerra!
Muitas delas não saem de casa nem para procurar alimento...
O número de mulheres que sofrem essa violência é absurdo e muitas delas são raptadas para servirem de escravas sexuais em campos militares. É revoltante!
Aqui está o trailer do documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=0oGGpulYsZY

E impressionante o grau de ódio devotado as mulheres em todos os países do mundo.

Anónimo disse...

SEi e é demasiado impressionante e revoltante...É como você diz: Não se compreende como e porquê "o grau de ódio devotado as mulheres em todos os países do mundo".
Um velho cisma? Um desvio cultural e histórico, uma era de dominação do princípio masculino contra outra era do principio feminino? Quando é que os dois se equilibram? E muito difícil acreditar que estamos a começar uma nova era do feminino com tudo o que acontece, mas também acontece este exacerbar de luta e ódio pelas mulheres porque os homens sabem que perderam o mundo...ele já não está nas suas mãos noutro plano...Leia a serpente de ouro de durvalo melchizedeque...

um abraço
rosa leonor