O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, novembro 07, 2009

um contributo anónimo...


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MULHER RECORDA-TE...":

"Mulheres que querem ser iguais aos homens, carecem de ambição."
Desconheço a autoria

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"Se as mulheres entenderem por emancipação a adoção do papel masculino, então estamos na verdade perdidos. Se as mulheres não puderem contrabalançar a cegueira da arremetida masculina, a velocidade agressiva descambará para seus extremos lunáticos numa velocidade sempre crescente. Quem salvaguardará as desprezadas faculdades de compaixão, simpatia, inocência e sensualidade?

(...)
Poder da mulher significa a autodeterminação das mulheres, e isto quer dizer que toda a bagagem da sociedade paternalista terá de ser jogada fora.
A mulher deve ter oportunidade e campo para idear uma moralidade que não a desqualifique para o aprimoramento e uma psicologia que não a condene ao status de uma aleijada espiritual. As penalidades por tal delinqüência podem ser terríveis, mas ela tem de explorar a escuridão sem nenhum guia. Pode parecer de início que ela meramente troca um modo de sofrer por outro, uma neurose por outra. Mas ela pode, por fim, reivindicar, ter feito uma escolha definida que é o primeiro pré-requisito de ação moral. Pode ser que ela mesma nunca veja o alvo básico, pois a estrutura da sociedade não é desenredada num único tempo de vida, porém ela deve estabelecer isto como uma crença e nisto encontrar esperança.
'A grande renovação do mundo consistirá talvez nisto, de que o homem e a mulher, livres de todo o falso sentimento e aversão, buscarão um ao outro não como opostos, mas como irmão e irmã, como vizinhos, e surgirão juntos como seres humanos.'"

In A mulher eunuco de Germanine Greer
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6 comentários:

RENATOGOMESPEREIRA disse...

Nõa era isso que dizia Simone de Beauvoir no seu livro " o terceiro sexo" ? ou coisa parecida? claro que o feminisno é parente da paridade e do lesbianismo e não tem futuro porque não é próprio da mulher, nem da natureza... Nõa é por ai o caminho da emancipação da mulher, se é que a mulher precisa mesmo disso...será que precisa?

Anónimo disse...

Bom ao meu ver a mulher precisa mesmo de emancipação meu caro já que ou elas são mulheres super turbinadas ou são feministas duras e sem coração...ou então mães sofredoras ou misticas alienadas igualmente servidoras do patriarcado, seja indo em direção ao céu e negando a vida na terra, se ja adotando valores de comportamento masculino.Quanto as mulheres lesbicas creio que cada um é livre pra se deitar com quem bem entender e se não fosse proprio da natureza isto não aconteceria.Nos estamos no seculo XXI e se uma mulher se apaixonar e amar verdadeiramente outra mulher, porque isto não seria natural?
Apenas porque o patriarcado não gosta da mulher livre natural e verdadeira?
Temos que realmente seguir os padrões do que é "natural" estipulados por homem e naturalmente para favorecer homens de um sistema nascisista e patriarcal que não poupa a alma da mulher verdadeira?
A mulher por acaso ao seu ver não tem direito de escolher com quem deve se deitar e se permitir amar livremente já que o amor não tem sexo e sim da Divindade?
Se a mulher encontra a divindade em outra mulher e ali o amor verdeiro porque não pode ela ficar com essa mulher?
Só porque o patriarcado não aceita?
Como você viu meu caro precisamos mesmo da libertação da mulher.

Gaia Lil,
Bençãos da Mãe Terra e da Mãe Serpente

Anónimo disse...

A Libertacão da mulher é a Deusa
G.L

Anónimo disse...

Rótulos e estereótipos cercam as mulheres em geral e as feministas em particular dentro desse mundo misógino e sexista... As mulheres em sí ou são santas ou putas, as feministas são as feias, machas lésbicas, embrutecidas e mal amadas.

Todas as feministas que conheço possuem um coração pulsando, sejam hetero, lésbicas, bi ou celibátarias. Lésbicas incomodam os homens porque ousam não querer o sexo com um homem. As feministas são odiadas porque ousam não querer ser um arremedo de mulher dentro do patriarcado criado e sustentado pelos homens, aquela mulher dividida e estigmatizada tão cara aos machos nos seus papéis designados por eles: a santa ou a puta!

Tenho uma profunda empatia com todas as mulheres, sejam elas o que forem, mesmo aquelas que se renderam ao patriarcado, porque todos tentamos sobreviver neste mundo do jeito que podemos. E as turbinadas, as feministas, as pagãs, as cristãs, as atéias, as comunistas, as conservadoras, as protitutas também. Mesmo, que ás vezes em lados opostos somos todas sobreviventes neste mundo que nos odeia, o mundo patriarcalista que ainda acha que nós não precisamos de nada, por que já conquistamos tudo ou reclamamos de barriga cheia.

Eu entendo que o feminismo é um movimento social e político de emancipação das mulheres do jugo do patriarcado e nele se encontram pagãs, como eu, cristãs, atéias e de todas as vertentes religiosas e políticas. Queremos a igualdade sim, mas a igualdade de direitos e de oportunidades e não a igualdade com os homens, porque sabemos que somos diferentes. Não queremos ser como eles, não queremos é ser discriminadas por nossa condição de diferentes.

Sim as mulheres precisam se emancipar do patriarcalismo, da violência e discriminação cotidiana sustentada pelos governos, pelas religiões, pelas sociedades.

Basta um olhar nas sociedades onde o movimento das mulheres não tem muita penetração pra perceber a situação lamentável em que se encontram e nós ocidentais que temos conquistado alguns direitos, e pelo estigma e aversão que se nutre pelo feminismo,acham que nos foram concedidos, quando na verdade foram muito e arduamente conquistados pelas lutas feministas.

Simone de Beauvoir, Gloria Steinem, Rose Marie Muraro e etc., são feministas e todas lutam e lutaram com seu coração pela causa das mulheres.

Este texto que postei, é de uma feminista da chamada segunda onda do feminismo. Eu postei aqui, para comprovar que feministas e pagãs estão mais próximas do que imaginam naquilo que pregam e querem.

AnonimA

RENATOGOMESPEREIRA disse...

Disse: "claro que o feminisno é parente da paridade e do lesbianismo e não tem futuro porque não é próprio da mulher, nem da natureza"

Não chamei o patriarcado nem os cristãos nem os mussulmanos...

quemvem com chavões e estereiotipos sois vós anónimos...

eu apenas me refiro a dados sociológicos...

e é isso que discuto...

pois é isso que está em questão e não as saramagadas dos Cains e dos filhos da Eva...

rosaleonor disse...

Obrigada a todos pela vossa presença e interesse!!

um abraço amigo


rosa leonor