O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 27, 2010

EM BUSCA DE PISTAS...

NO Caminho da Serpente, Fernando Pessoa disse que ela liga os contrários verdadeiros (os pólos opostos e complementares) porque, ao passo que os caminhos do mundo são, ou da direita, ou da esquerda, ou do meio, ela segue um caminho que passa por todos e não nenhum. Ela é, acrescentou num apontamento nebuloso, na ordem direita Portugal."



Li há dias em "Pistas do caminho"…

“Será que já não sabemos tudo o que precisamos para mudar as nossas vidas? Será que a nossa ânsia por novidades, conhecimentos, mestres, gurus é uma forma disfarçada de fuga do compromisso com a nossa própria mudança interior? Talvez não precisemos saber mais nada, a não ser sobre nós mesmos, já que poucos se sabem, talvez precisemos usar aquilo que sabemos, de uma forma simples e eficaz, sem ficar enrolando com mais e mais informação. Então é isso.


Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou infinitamente grato.”

Fernando Augusto


*****

"Tenho anelado escapar do cinismo da mentira gasta e do grito contínuo do velho terror que se torna mais terrível a medida que o dia avança e desagua dentro do mar profundo.
Tenho anelado ir-me porém tenho medo de que um pedaço de existência ainda intacto, possa explodir ao sair da velha mentira e, explodindo no ar, me deixasse meio cego, queimando-se na terra.
Tenho anelado ir-me porém tenho medo..."
Dylan Thomas
In http://pistasdocaminho.blogspot.com/

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

A MUHER E A POESIA

A DEUSA ERA BRANCA...

SEM MUSA NÃO HÁ POETAS...


"Através da tradicional veneração da Deusa Branca ela torna-se uma com a mulher real, sua representante humana, sacerdotisa, profetiza ou rainha-mãe. Nenhum poeta que exalte a Musa pode experimentar conscientemente a existência senão na sua experiência da mulher pois temos de considerar que é na mulher que reside a Deusa seja em que grau for.(...)
Um poeta que exalte a musa abandona-se absolutamente ao amor e a mulher que ele ama na vida real é para ele a encarnação da Musa.
(...)Mas o verdadeiro poeta, perpetuamente obsediado pela Musa, faz a distinção entre a Deusa na qual ele reconhece o poder supremo, a glória da sabedoria no amor de uma mulher, e a mulher indivíduo que a Deusa pode tornar seu instrumento por um mês, um ano, sete anos ou mesmo mais. O que é próprio da Deusa fica; e talvez o seu poeta tenha de novo a possibilidade de a reconhecer através da experiência que possa vir a ter de uma outra mulher "

A POESIA E... A MULHER MUSA


"Assim que as formas poéticas começam a ser utilizadas por homossexuais e que o “amor platónico” (o idealismo homossexual) se introduz nos costumes, a deusa vinga-se. Sócrates, se bem nos lembramos, teria banido os poetas da sua lúgubre república. A alternativa consistindo a passar sem o amor da mulher é o ascetismo monástico; os resultados que daí advieram foram mais trágicos do que cómicos. No entanto a mulher não é poeta: ela é a Musa ou nada. Isto não quer dizer que uma mulher deveria abster-se de escrever poemas, e sim apenas que ela deveria escrever como mulher, e não como se fosse um homem. 



O poeta era originalmente o Místico ou o Fiel em êxtase da Musa, as mulheres que participavam nos seus rituais eram suas representantes. (...)

É verdade que a mulher, desde há algum tempo, se tornou o chefe virtual da casa em quase todo o Ocidente, ela agarrou os cordões à bolsa e pode aceder a qualquer carreira ou situação que lhe agrade; mas é pouco verosímil que ela venha a repudiar o sistema apesar da ordem patriarcal dominante. Apesar de todas as suas desvantagens, ela tem agora uma maior liberdade de acção que até o homem não conservou para si próprio; ainda que ela se aperceba intuitivamente que o sistema está maduro para uma mudança revolucionária, parece não se preocupar nem ter pressa para a obter. É-lhe mais fácil fazer o jogo do homem ainda mais um tempo até que a situação acabe por se tornar absurda e inconfortável tanto para uns como para outros se poderem entender.”
(...)

in “A DEUSA BRANCA” - (1948) de Robert Graves

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

A RAINHA DA NOITE


O NOVO LIVRO DO ESPLENDOR…

(…)
Eu sou a Rainha da Noite, por assim dizer, a parte mais sombria do eterno feminino. Desde a origem do universo, que eu elegi o meu reino nas profundeza da Terra. Se tomei o rosto do mal para os teus irmãos é porque eles não podiam compreender o meu grito, o aguilhão do meu sofrimento. Porque desde há muito, muito tempo que o psiquismo do homem impede os raios do sol de penetrar até aqui.

“Para que a grande alquimia seja possível, a Mãe deu-se ao mundo.
Ela está presente em todo o lado, em todos os planos da manifestação. A missão do homem, a tua missão, é unir o eterno feminino das profundezas, Àquela que reina nos Céus na sua glória eterna. É tempo que a tua bem-amada reencontre para ti o seu corpo único!

“Sim, tu amas-me belo Cavaleiro. É o meu rosto que assombra as tuas noites. Mas aquela que eu sou agora, não sou eu inteira, e o meu corpo de carne que acorda em ti tamanho desejo no teu não pode estar vestido senão de negro. E este não se assemelha a um vestido de noiva, não te parece?”
(…)

A mulher diz:

- Meu amor, desde há tanto que eu viajo pelo mundo! E hoje enfim inteira encontrei-te! Através de todas as mulheres da Terra eu estive sempre presente e te procurei, Cavaleiro. Eu procurei por todas as vias, de todas as formas possíveis. Eu perdi-me em múltiplos impasses, eu morri incontáveis vezes. Nas que procurei um sentido da vida abri-me, e quase flori. Nas que me dava inteiramente a Deus, encontrei um bálsamo. Mas não estava ainda reunificada, e a Rainha da Noite era prisioneira neste corpo votado à morte: mas desde sempre eu esperava por desfrutar e provar com Adam o fruto da Árvore da Vida.

E se por vezes encontrei caminhos ensolarados, sofri, meu bem-amado. Também eu caí em múltiplas armadilhas, também eu esqueci a Fonte vergada pelo peso do psiquismo.
Ó, como nós nos combatemos, meu amor, como nós nos despedaçamos nessas relações de força incessante! Como nós sofremos de não nos podermos entender!
E na terrível dor desta parte de mim que chorava nas minhas profundezas não conseguia fazer-me compreender e julguei-me esquecida até de Deus. E depois tu vieste, e eu reconheci-te, meu amor. Em ti nascem os primeiros raios do grande Sol que fez estremecer a minha alma há dois mil anos. Tu ainda não o sabias. Em ti um ser novo aspirava à vida, uma mutação começava e sacudia os escombros do velho mundo. Então o Espírito do meu ser veio buscar-te, em Tsaddé e Pe. Em Yehudith eu fui a iniciadora, que tu soubeste reconhecer e aceitar. E no meu corpo o mais secreto, o mais negro, tu me amaste….

Homem nós estamos bem próximos do Castelo do Graal onde resplandece o sangue luz na Taça santa. Nós entraremos nele os dois juntos!
(…)

(Excertos traduzidos por mim directamente do francês)

d'O Livro:

RECONTRES AVEC LA SPLENDEUR
de Marie ELIA, pag. 294/5

A CHAMA TRINA

Meditação Cavaleiros do Cristo Dia 24, pelas 11 Horas. Encontro às 10 e 30. Excepto outros horários que estão assinalados em alguns grupos. Este 4º comunicado é para dar a conhecer mais um grupo.
Somos 34 grupos.


"É Hora

-Convoco a todos os que são Portugal feito mundo em si, Templários e Templárias de Alma, anónimos soldados sacerdotes do Quinto Império! O futuro é já presente, é tempo de cumprirmos Portugal, tempo de voltarmos para além de tudo, para além de Deus até ... ao Deus maior. Estejam prontos, a profecia está se cumprindo em todos vós. É a hora!”
(…)

“Quem tem ouvidos, ouça!”


Soham Jñana


(…)
Que a chama Rosa, ajude-me a sustentar a força crescente, este Momentum de Amor. Ajudai-me a sobressair a Rosa da Chama Trina do meu coração, como uma bênção, para tudo e toda a vida e para os que comigo entram em contacto. Em nome do Altíssimo, considero realizado este apelo.
EU SOU, EU SOU, EU SOU.

(…)

RESTAURAR PORTUGAL E O FEMININO SAGRADO


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PORTUGAL
Onde nasce a Rosa Do Espírito Santo - O Santo Graal.

Triunfal Reduto Eterno da Taça.

Crístico e Infinito Sagrado Portal!

Território de Portugal tão importante pela sua implicação energética, no tocante ao Planeta e distribuição das Energias, na obediência às Leis Sagradas que regem trajectória dos Fogos.

O símbolo de Portugal as Cinco Quinas que refere a Crística Protecção ao Território; 5 é o número do Homem e as 5 Quinas são o símbolo das 5 chagas crísticas do martírio. Este é o número da Transmutação do Homem, que pelo sofrimento deve adquirir a sua Consciência Crística, o desabrochar da Rosa, o nascimento do Homem Cósmico.

Nesta terra onde a Mãe habita energeticamente (Portugal foi chamado de Terras de Santa Maria) há um conclave que desde há séculos prepara o ressurgir da LUZ do Venerável (Sebastião) manifesto no último AVATAR, o AVATAR de Síntese, a MÃE. Esta é a Hora.

Os Fogos uniram-se e o discípulo português não deixaram de manifestar MAITREYA.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

ONDE OS FIÉIS DE AMOR?


PORTUGAL
"Queria de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma!"*
*Mário Cesariny

“NO Caminho da Serpente,
Fernando Pessoa disse que ela liga os contrários verdadeiros (os pólos opostos e complementares) porque, ao passo que os caminhos do mundo são, ou da direita, ou da esquerda, ou do meio, ela segue um caminho que passa por todos e não nenhum. Ela é, acrescentou num apontamento nebuloso, na ordem direita Portugal. "(...)

"Portugal é um país marcado por um destino fulgurante, embora muitas vezes infeliz, um país encoberto pela incompreensão ou pelo estrangeiramento dos seus próprios filhos infiéis, o que foi notado por pensadores de outras nacionalidades, um país onde se situa no entanto um dos grandes pilares ou fundamentos da civilização humana. Esta verdade do Portugal profundo e encoberto não é porém acessível a todos, porque a Terra e o espírito da terra são patentes na visão de curto alcance, nas ambições limitadas e na constituição cultural e psico-sociológica que dominam as nossas classes políticas e “intelectuais” de hoje.

É no entanto do conhecimento e da compreensão ou da desocultação da sua realidade recôndita e recalcada, para além das visões sociológicas superficiais, que depende o seu futuro, o futuro de todos nós, não um futuro qualquer, em mediocridade complexa e imitativa, mas um futuro de renovada grandeza humana para a nossa pátria prometida."
(...)
ANTÓNIO QUADROS

***


“SOU, CADA DIA, UM HOMEM MELHOR E MAIS PURO PORQUE SIRVO A DAMA MAIS NOBRE DO MUNDO E ADORO-A, DIGO-VO-LO EM VOZ BEM ALTA”

CANÇÃO DO SEC. XII do poeta Arnaut Daniel

*

Digo, com a maior lástima que hoje e infelizmente já não há Poetas de inspiração divina, nem Cavaleiros, de onde deriva a palavra "cavalheiros", nem tão pouco FIÉIS DO AMOR, ou homens simples dignos dessa herança...


"O AMOR" PASSA-SE NA NOSSA SOCIEDADE "CIVILIZADA" À SUPERFÍCIE DO SER, DE FORMA ESTÉRIL E MUITAS VEZES ABJECTA, INSTRUMENTALIZADO O CORPO DA MULHER SEM QUALQUER PROFUNDIDADE NEM DIMENSÃO DO SAGRADA.


O "homem moderno" procura um corpo vazio e moldável ao seu desejo breve e desprovido de alma. As mulheres modernas deixam-se instrumentalizar e respondem aos estereótipos criados pelo cinema americano. Os seus heróis são muito provável ou secretamente os cow-boys "Do Segredo de Brokeback Mountain", ou "O Sexo na Cidade"!


NADA QUE SE COMPARE AO DESEJO METAFÍSICO DA MULHER DIVINA, QUE O HOMEM SEMPRE INVEJOU…


“Com efeito, o homem primitivo invejava à Mulher o seu mistério, a sua ambiguidade fundamental, o seu poder de dar a vida, o homem moderno porém esqueceu, pela sua educação completamente masculinizada, este desejo metafísico da Mulher Divina. Esse desejo encontra-se no estado inconsciente em todos os indivíduos. Os poetas e os artistas os traduzem nas suas obras, os outros nos seus comportamentos aparentemente inexplicáveis ou simplesmente aberrantes como é o caso da imitação fisiológica e do fetichismo do vestuário.

(...)

O padre que oficia nos seus trajes de cerimónia, todos de origem feminina, e o travesti, castrado ou não, obedecem a um mesmo desejo. Destapar uma ponta do véu, descobrir o famoso véu de Ísis.”*


*Jean Markale

A PUREZA DO CAVALEIRO E O GRAAL


"Quando o valor e pureza de um cavaleiro andante está acima de qualquer dúvida, a Dama do Lago aparece numa visão e recompensa-o não apenas com uma imagem do Graal, senão com a possibilidade de beber deste. São poucos os autorizados a sorver deste cálice, a mais sagrada das relíquias bretonianas, e somente os cavaleiros de uma pureza sem mácula sobrevivem ao provar das águas benditas do lago. Aqueles que bebem do místico cálice mudam para sempre, vivem muito mais tempo que qualquer outro mortal, e recebem outros estranhos presentes. Desde esse momento, o cavaleiro coloca-se irremediavelmente a serviço da Dama e do Graal, um vínculo que só será rompido com a sua morte. Cada cavaleiro do Graal adquire o dever de proteger os lugares sagrados da Dama."
(...)
A Mulher, o GRAAL: o Repouso do Guerreiro.


Esta é a mais bela e fiel descrição do grande Mistério do Graal que eu já li...
Porque eu sei que o Graal é o corpo santo da mulher e que remonta ao tempo em que a mulher era sagrada e o seu corpo a revelação-iniciação à divindade do ser e o Cálice do qual se bebe e se vive para a eternidade o Símbolo dessa iniciação da origem da vida e do amor. Porque essa era a Grande iniciação ao Amor Supremo do Ser Humano, através da Mulher, como o era o da Vida ao nascer, da Mãe. O Homem atingia o supremo amor da Deusa e a Mulher dava-lhe corpo e consubstanciava-a…a União era eterna. O Cálice …era…a suprema dádiva.

A Mulher, o Repouso do Guerreiro.


A mulher autêntica, aquela que em si guardava a Chave dos Mistérios, a mediadora das forças cósmico telúricas, a mãe e a amante dos alquimistas…a Deusa de todas as Eras e que o patriarcado paulatinamente destruiu, ao longo dos séculos, substituindo o amor dos dois em Um, tangível, na Terra, pelo amor do impossível acesso ao Deus Único e no Céu…destruindo a mulher, dividindo a sua natureza, prostituindo-a e assim destruindo também toda a Natureza Mãe…


A Mulher que os Cavaleiros buscavam em sonhos e partiam em busca do Graal e defesa da Dama,
era mais do que um ideal, era o amor da Deusa que vivia em cada mulher…que vibrava em cada célula e se manifestava para o Homem puro de coração, ao homem que resgatava o amor divino e o Espírito Uno pela nobreza do seu carácter e pela sua fidelidade ao Rei ele mesmo…
Como em todos os cultos da Deusa da antiguidade que foram absorvidos pela igreja de Roma, transformadas em santas e o culto da dama que se busca no Graal, passou a ser o cálice do sangue de Cristo, o sangue da morte e da violência da Espada e não o sangue da mulher que é sinal de vida, concepção e regeneração e não de morte apenas...

O Rei e a Rainha eram os pilares da encarnação, cada homem e cada mulher, deuses na terra e a Terra o Paraíso…

rleonorpedro


*
Por isso “O Graal simboliza a Deusa perdida. Quando apareceu o cristianismo, as antigas religiões pagãs não desapareceram da manhã para o dia. As lendas da busca dos Cavaleiros do Graal perdido eram histórias que explicavam as andanças para recuperar a divindade feminina. Os cavaleiros que diziam partir em busca do “Cálice”, falavam em código para proteger-se de uma Igreja que tinha subjugado as mulheres, proibido a Deusa, queimando os crentes nas fogueiras e censurado o culto pagão da divindade feminina."
(...)
*
EL CÓDIGO DA VINCE - Livro de DAN BROWN


segunda-feira, fevereiro 22, 2010

ONDE SÓ GESTOS PUROS...


"Porque deve haver uma ordem onde a morte não entra. Deve existir um tempo em que a TERRA não seja o HORROR que me feriu o corpo e o espírito e que TU curaste purificando TUDO, desencantando os ritos até tocar a veia, o corpo rigoroso da vida real. Onde só gestos puros, só puros ritmos se podem pertencer. E só olhos sem angústia nem pecado se podem confundir com a limpidez da água."

in "LUZ CENTRAL" - Ernesto Sampaio

Quem criou a separação entre homens e mulheres? Os "deuses criadores" estabeleceram este paradigma e instigaram tais frequências de várias formas. A história da separação serviu-lhes muito bem, pois criou a destruição almejada.

As vibrações masculinas chegaram ao poder recentemente,
há cerca de cinco mil anos. Para se imporem, provocaram a dissociação total e completa de tudo o que estava no poder: o matriarcado e as mulheres. As mulheres expressam-se tradicionalmente através dos níveis da intuição e sentimento. Os homens também eram portadores de intuição e sentimento em diversas épocas, mas nesta recente separação perderam tais qualidades.

Houve um grande cisma, que desencadeou um tremendo conflito entre homens e mulheres. Foi provocado pelos "deuses criadores" que dominaram o planeta e invadiram a realidade - alimentando-se, mantendo-se vivos, executando as suas funções e nutrindo-se do desequilíbrio emocional”

in "OS MENSAGEIROS DO AMANHECER" - BÁRBARA MARCINIAK
*

OS MÉDIA E A MANIPULAÇÃO GLOBAL

“O Grupo que Governa o Mundo e que actualmente influencia o vosso planeta é composto por um grupo de famílias, que rondam alguns milhares de pessoas. Governam as indústrias bancárias, dos média, educação e da distribuição de conhecimento por todo o vosso globo, e são uma mão cheia de gente que desafia a vossa liberdade. Estão ligadas pelo pensamento a outras entidades, tal como vós todos estais. A diferença é que essas pessoas têm disso consciência, e maioria de vós não, assim elas usam os seus instrumentos e técnicas para vos ligar às entidades que pretendem alimentar.
(...)
"A tirania suprema numa sociedade não é controlada pela lei marcial. É controlada pela manipulação psicológica, através da qual a realidade é definida de tal forma que as pessoas que nela vivem nem mesmo percebem que são prisioneiras."

(...)

Os mistérios e segredos escondidos que as famílias mais importantes do Grupo que Governa o Mundo guardam têm de ser expostos e examinados. Entre a actualidade e 2012, todas as cartas serão postas na mesa, os segredos serão revelados. E esses segredos, pistas para um viver multidimensional, ser-vos-ão revelados para que os possais usar na cura.”

IN CHAVES DAS PLEIADES - BARBARA MARCINIAK, Family of Light, Ed.Bear&Co., 1999


sábado, fevereiro 20, 2010

mesmo de tanga...a ilusão funciona...



A TV Como Instrumento Redutor

Porque é que a TV foi essa «caixinha que revolucionou o mundo»? Faço a pergunta e as respostas vêm em turbilhão. Fez de tudo um espectáculo, fez do longe o mais perto, promoveu o analfabetismo e o atraso mental. De um modo geral, desnaturou o homem. E sobretudo miniturizou-o, fazendo de tudo um pormenor, misturado ao quotidiano doméstico. Porque mesmo um filme ou peça de teatro ou até um espectáculo desportivo perdem a grandeza e metafísica de um largo espaço de uma comunidade humana.

Já um acto religioso é muito diferente ao ar livre ou no interior de uma catedral. Mas a TV é algo de minúsculo e trivial como o sofá donde a presenciamos. Diremos assim e em re
sumo que a TV é um instrumento redutor. Porque tudo o que passa por lá chega até nós diminuído e desvalorizado no que lhe é essencial. E a maior razão disso não está nas reduzidas dimensões do ecrã, mas no facto de a «caixa revolucionária» ser um objecto entre os objectos de uma sala.

Mas por sobre todos os males que nos infligiu, ergue-se o da promoção do analfabetismo. Ser é um acto difícil e olhar o boneco não dá trabalho nenhum. Ler exige a colaboração da memória, do entendimento e da imaginação.

VIRGÍLIO FERREIRA

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Se fosse apenas esse os males que a TV gerou ao longo de décadas, muitas depois de que este texto foi escrito, poderíamos ainda pensar...ou sentir por nós próprios, mas não...O que a televisão fez nestes últimos anos foi muito pior do que o escritor menciona...Nesse tempo ainda não era tão sofisticado o crime e a pornografia, a alienação, o terror e medo espalhados e implementados nas mentes das, cada vez maiores, audiências, transformando em escravos ou robots da "informação" e do entretenimento as populações analfabetas que assim foram mantidas dando-se-lhes um verniz de cultura dos medias que é totalemnte superficial e estupidificante. Uma "cultura" de corrupção, vícios e crimes, de disseminação do mal, culto da negatividade em todas as frentes, criando nas pessoas o medo e o terror perante realidade e ficções da mesma forma para que ninguém destingia o que é a sua verdadeira realidade e mesmo onde não há o horror e o gerador de medo das catástrofes e crimes, há de forma subliminar fórmulas de sujeição e pornografia ou pedofilia e violência contra a mulher - Exemplo das cervejas...

A televisão transformou o mundo num pântano onde todos gostamos de mergulhar nas horas de tédio e dizemos que é distracção...e aceitamos tudo no mesmo prato...a acompanhar de cerveja, claro...é só puxar...como cá nos anúncios da super bock...

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"A COISIFICAÇÃO DA MULHER EM ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS DE CERVEJA"


A mídia tem-se aproveitado abusivamente da imagem feminina em posições, movimentos e ações eróticas chegando a vulgarizar a figura da mulher. Os publicitários ao criarem seus anúncios não se mostram preocupados em informar a qualidade dos produtos (no caso da cerveja, por exemplo), utilizando-se da sensualidade feminina para vendê-los. A desvalorização da mulher aparece também nas danças sensuais e nas letras das músicas, em que ela é comparada a animais irracionais: “egüinha pocotó”; “as cachorras”, dentre outras.
(...)
O corpo feminino – nádegas e parte das coxas – está pintado com os rótulos da cerveja e, ao lado, num copo de cerveja, aparece a logomarca “BOA”. A ambigüidade se faz presente tanto na imagem da cerveja – mulher como na logo “Antarctica BOA”.

Portanto, refletindo sobre esse novo paradigma feminino que os anúncios publicitários têm veiculado na mídia, verifica-se que a emancipação da mulher transformou-se, na sociedade atual, numa moeda de duas faces: de um lado, a mulher mais conservadora em termos de valores e princípios, que exerce profissões fora e dentro de casa, com dignidade e respeito, ocupando o espaço social, político e econômico; e também na mídia; de outro lado, aquela mais liberada, mais despojada de valores e princípios morais e religiosos, cujo corpo deve ser cultuado e valorizado como mercadoria, como objeto ou coisa. "

excerto de artigo de:
Drª Elêusis M. Camocardi

Flávia Patrícia Martins Jordão (aluna)


sexta-feira, fevereiro 19, 2010

A NOSSA SOBREVIVÊNCIA


A NOSSA SOBREVIVÊNCIA ESTÁ NA IMPORTÂNCIA QUE DERMOS AO PRINCÍPIO FEMININO

" Redescobrir o princípio feminino, na sociedade, como em cada um de nós. Redescobrir a mulher. É uma questão de sobrevivência. Ou a humanidade se vira para os valores femininos de cooperação, de interajuda e comunhão, ou seremos condenados a curto ou longo prazo a desaparecer.


“A nossa civilização é dominada pelo instinto de morte. Se nós quisermos sobreviver, temos de colocar a tónica nos valores femininos. A mulher está profundamente ligada ao instinto de vida: ela está do lado das crianças, da Natureza, dos outros, dos animais, das plantas e das coisas...

Uma sociedade que reconhecesse os valores femininos assentaria sem dúvida em comunidades de inter-ajuda.
Nunca sobre a dominação, a competição, a expansão ao domínio dos outros.”

“Com o princípio masculino, é a sobrevivência do mais forte, com o princípio feminino, a sobrevivência do mais sábio. É preciso perguntar-se o que aconteceria se houvesse uma mudança colocando-se a ênfase nos aspectos do feminino em vez dos masculinos. Que valores adviriam dessa mudança de atitude no plano colectivo e individual?”

(texto traduzido do francês - autor anónimo?)

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

UMA ESPERANÇA DO VERDADEIRO AMOR

É PRECISO AMAR A MÃE TERRA E A MULHER DEUSA... (...) 

"Queridos, nós lhes trazemos um novo mundo de amor e de carisma. Nós não lhes diremos como será o mundo; este é o seu trabalho e o seu sonho, mas as pessoas que têm o poder serão aqueles que curaram a sua criança interior e os seus pais interiores, suas vidas passadas e os seus antepassados. Eles serão aqueles que têm o poder de sonhar e de criar os seus sonhos. O que exatamente está acontecendo é que qualquer manifestação através de forças negativas começará a se desacelerar e no decorrer dos próximos anos chegará a um término. Não será mais aceitável que o plano da Terra viva na escuridão. O plano da Terra se moverá para a luz, haverá oportunidades para novas religiões e uma nova base de poder para estas religiões. O poder será distribuído mais uniformemente pelo mundo e as novas religiões manterão a nova consciência e as novas energias. Nós lhes pedimos que fechem os seus olhos e se interiorizem. Visualizem a Mãe Terra sob os seus pés e vejam um belo coração rosa no centro da Mãe Terra. Apenas observem o coração da Mãe Terra batendo e sintam o seu próprio coração bater. Permitam-se descer a este belo coração rosa da Mãe Terra e se sintam apoiados por um forte par de belas mãos rosa no coração da Mãe Terra. Permitam-se ser mantidos e amados e que o seu coração entre em sincronia com o batimento cardíaco da Mãe Terra. Permitam-se a se conectarem mais e mais intensamente com o coração da Mãe Terra. Interiorizem-se mais e mais em seus corpos e permitam esta conexão profunda, profunda, significativa com a Mãe Terra e sintam esta intensa luz rosa os envolvendo e se imaginem como uma esponja absorvendo mais e mais a bela energia rosa da Mãe e permitam que esta energia energize as energias de sua própria mãe, de sua mãe interior, e permitam-se a ligar mais e mais fortemente a sua conexão com a Mãe Terra. Imaginem a Lua orbitando a Mãe Terra e sintam a energia da Terra enquanto ela se move ao redor da Mãe Terra. Permitam que a sua feminilidade se conecte e se sincronize com este movimento da lua ao redor da Terra. Tanto os homens quanto as mulheres têm ciclos femininos, os homens, obviamente não da mesma forma que as mulheres, que sentirão isto muito mais fortemente. Sintam o amor da Mãe Terra e a sincronia e o que a sincronia significa para vocês, pois este é o modo da Mãe Natureza de lhes mostrar quem vocês são, permitindo-lhes ver os planetas, o sol e a lua. Vocês são também um reflexo do Universo." (...)

 O VERDADEIRO AMOR Kryon através de David Brown 26 de Janeiro de 2010

O AMOR DOS HOMENS...


"O teu bem faz-me tão mal"

As novas Luísas não têm dimensão romanesca nem dramática.


Dia de S. Valentim e dos Namorados, vá-se lá saber porquê. Uma homenagem ao consumo introduzida no nosso mercado pelas grandes cadeias e superfícies, feita de inutilidades em forma de coração. Mas também ofertas, como pequenos sinais de amor, que prevalecem, ainda, sobre uma outra realidade, oculta e emergente, um mau sinal dos tempos.


Sete das 26 mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica, tinham menos de 22 anos. Uma em cada quatro jovens é vítima de violência no namoro. O sexo forçado já não é considerado como uma violação. Ao fim de cinco anos de namoro, Daniel assassinou Joana. Na reportagem, ouvem-se as vozes femininas e infantis, descrevendo processos de dominação, insensibilidade, falta de respeito. A violência no namoro, um "desnamoro" no qual as subtilezas da sedução, o tempo doce do enamoramento, o enaltecimento, em crescendo, de sentimentos mútuos de atracção e amor se perdem, ou não chegam sequer a existir, ganha dimensão num quadro em que se jogam quase só relações de força e de domínio. Porquê?

Uma infantilidade promovida para além do razoável, o medo a crescer, a solidão, o primado da fantasia em vidas induzidas e virtuais, a liberdade sexual confundida com pura libertinagem aliadas a uma mão-cheia de estereótipos errados, explicam muito deste fenómeno.


Na relação do namoro, em regra, o rapaz é altamente idealizado pela rapariga. Essa idealização dá-lhe um poder que usa mal: humilhação verbal, pressão psicológica, manifestações de domínio que elas confundem com ciúmes, com paixão... As dificuldades no rompimento começam com a própria dificuldade em identificar a violência, aumentam com os riscos de perseguição, a vergonha, a relutância em aceitar o logro, em reagir, a falta de apoios.


O formato do namoro alterou- -se completamente. É, hoje, uma pré-conjugalidade em que os actores parecem não ter crescido e para que a sociedade olha com a maior ligeireza. Assume-se o facto de estes jovens, lançados em experiências afectivas quase de não retorno, têm afinal duas idades: a do seu bilhete de identidade, e uma outra, datada por um amadurecimento lento, em atraso permanente com a sua liberdade, uma escassa claridade de consciência que os leva a agir ao acaso. As famílias alargadas, os amigos e a vizinhança são supostos não intervir. Uma cultura de "vive e deixa viver" assente num pseudo-respeito pela individualidade e liberdade de cada um deixa esta miudagem ao abandono.


Um outro aspecto, mais vexatório, é o da passividade feminina. No século XXI, após tanta luta pela igualdade de estatuto, o que explica que raparigas informadas, em permanente ligação com o mundo exterior, postas em rede, por assim dizer, desfrutando de liberdades dantes inimagináveis e teoricamente aptas a alcançar uma autonomia plena, possam continuar a personificar a mulher refém de um contexto socioeconómico e cultural que encheu a literatura do século XIX e XX?


Reli recentemente O Primo Basílio e, semanas depois, por puro acaso, Madame Bovary. Romances que a minha geração leu muito cedo e cuja leitura renovada, anos mais tarde, permite uma percepção claríssima da condição humana, da sua imutabilidade, nesse universo dos sentimentos onde a modernidade penetra tão dificilmente. Duas mulheres do seu tempo cuja ascensão social, embora tímida, permitiu vidas de ócio senhorial; corações palpitantes e cabeças atreitas à constante fuga do real, alimentadas por romances de cordel e libretos de ópera, notícias vagas de um outro mundo, mais intenso e mais excitante, cuja entrada não podiam franquear. Duas mulheres que não cresceram, protegidas por maridos cumpridores e aborrecidos, lançadas na voragem de uma fantasia que as destrói até à morte.


Mas as novíssimas Luísas do nosso tempo não têm dimensão romanesca nem dramática. São apenas personagens pré-marcados, de uma tragédia que já nada parecia justificar.


IN DN por MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO
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Um texto integral cuja autora nem sempre aprecio, mas que neste caso não falha uma linha no que diz...justíssima e lúcida toda a sua perspectiva...

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

O CAMINHO DA SERPENTE

A MULHER, PROFETISA PRIMORDIAL
E A SERPENTE
COMO SÍMBOLO DO CONHECIMENTO GLOBAL...


"... Se como já apontámos este território que hoje é Portugal,
tem a sua mais antiga referência literária na obra do escritor latino, Rufo Festo Avieno, a Ora Marítima, do século IV antes de Cristo,(...) e se esta primeira referência ao nosso território o designa com o nome de Ophiussa, como “terra de serpentes” e Saefes e Draganis como dois seus povos, e se numa passa passagem deste poema se cita o caso de que os Oestrimnios teriam sido expulsos daqui por uma invasão de serpentes – tudo apontará, entre símbolos, mito e história, através dum nome primevo dum território e de dois dos seus povos, como filhos ou adoradores da serpente, e por um acontecimento de sua existência colectiva, para a natureza ofídica deste território e sua humanidade. (...)”
*

*in ”Da Serpente à Imaculada” de Dalila L.P. da Costa


(...)

Aliàs era já muito antigo o culto da serpente na Lusitânea, como o demonstrou Mendes Correia no seu trabalho sobre A Serpente, Totem da Lusitânea. À Lusitânea se chamou Ophiussa, a terra da serpente.
Como escreveu Pinharanda Gomes, a Serpente é o sinal remoto que nos introduz numa geneologia a divinis do povo lusitano e dos seus valores religiosos. A serpente apresenta como símbolo do conhecimento global _ a serpente enrolada, a boca tocando o rabo, denomina simbòlicamente o universo do saber, a unidade do ser. (...) A serpente indica a gravidade e a esfericidade do universo, a saber de geonomia e o conhecimento dos elementos, patentes na simbólica da cruz celta.

Nos textos fragmentários que escreveu para o livro, nunca concluído, que se intitularia O CAMINHO DA SERPENTE, Fernando Pessoa disse que ELA (a serpente), liga os contrários verdadeiros, porque ao passo que os caminhos da direita, ou da esquerda, ou do meio, ela segue um caminho que passa por todos e não é nenhum. Ela é, acrescentou num apontamento nebuloso, na ordem material direita de Portugal.
(...)
*

*In “Portugal Razão e Mistério” de António Quadros



NO EGIPTO:


"Sabemos pelos antigos egípcios que a imagem de uma serpente era o hieroglífico para a palavra Deusa, e que a serpente era conhecida como o Olho, Uzait, um símbolo da revelação e sabedoria místicas
. A Deusa serpente conhecida como Au Zit era a divindade feminina do Baixo Egipto (norte) nos tempos pré-dinásticos. Mais tarde tanto a Deusa Hathor como Maat eram ainda conhecidas como o Olho. A uréu, uma serpente erecta, é freqüentemente encontrada ornando as testas da realeza egípcia. Além disso, erguia-se na cidade egípcia de Per Uto um santuário profético – possivelmente na localização de um santuário anterior dedicado à Deusa Ua Zit – que os gregos conheciam por Buto, o nome grego para a própria Deusa serpente.


O bem conhecido santuário oracular de Delfos erguia-se igualmente num local originalmente identificado com a adoração da Deusa. E mesmo em tempos gregos clássicos, após a sua conversão e à adoração a Apolo, o oráculo falava ainda através dos lábios de uma mulher.


Era ela uma sacerdotisa chamada Pítia,
que se sentava num banco de três pés, em volta do qual se enlaçava uma serpente chamada pitão. Além disso lemos em Esquilo que neste mais sagrado dos santuários da Deusa era reverenciada como a profetiza primordial. Isto sugere de novo que, em tempos relativamente recentes como a era clássica grega, não fora ainda esquecida a tradição, própria da sociedade de parceria, de buscar a revelação divina e a sabedoria profética através das mulheres.“*


*In O CÁLICE E A ESPADA – Riane Eisler "A NOSSA HISTÓRIA, O NOSSO FUTURO" Via Óptima Editores

A VERDADEIRA NATUREZA DA MULHER


“O PACTO SEM CONHECIMENTO” (...)

Embora possamos ter respostas diferentes em dias diferentes, há uma resposta que é constante na vida de todas as mulheres. Embora detestemos admitir o facto, na esmagadora maioria das vezes o pacto mais infeliz das nossas vidas é o que fazemos quando nos privamos da nossa vida de conhecimento profundo em troca de uma vida que é muito mais frágil; quando renunciamos aos nossos dentes, nossas garras, nossos sentidos, nosso faro; quando entregamos nossa natureza selvagem em troca da promessa de algo que parece rico mas que se revela vazio. (...)

A iniciação da mulher começa com o pacto infeliz que ela fez há muito quando ainda estava entorpecida. Ao escolher aquilo que a atraiu como sendo riqueza, ela cedeu, em troca seu domínio sobre algumas partes, e muitas vezes sobre todas as partes, da sua vida instintiva, criativa e cheia de paixão. Esse entorpecimento psíquico feminino é um estado próximo do sonambulismo. Durante sua vigência, andamos, conversamos e estamos dormindo. Amamos e trabalhamos, mas as nossas escolhas revelam a verdade acerca da nossa condição. Os aspectos voluptuosos, curiosos, incendiários e bons da nossa natureza não estão em pleno funcionamento.

(...) “MULHERES CORRENDO COM OS LOBOS” – Clarissa Pinkola Estés