O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

"A ABENÇOADA CÓLERA"


O FOGO DA ASCENÇÃO…

(…)

“Esse fogo interior é a base de um movimento elevação energética que conduz os seres na direcção da ascenção. Ele está na origem da subida da Kundalini no corpo. Está também associado ao fogo do respeito de si mesmo e que muitos seres estão a ser chamados a desenvolver neste momento.

O respeito de si mesmo leva por vezes os indivíduos àquilo a que poderiamos chamar “abençoada cólera”, um movimento habitualmente associado ao aspecto sombra na Terra. Muitos de vocês imaginaram que era preciso ser só amor, paz e doçura para continuar numa via espiritual. Fazendo isto, esqueceram que o vosso lado mais colérico, mais afirmativo e o mais incisivo lhes permitiria em primeiro lugar ter amor para convosco mesmos, ou seja, que vocês são o ser mais importantes da vossa vida. Porque se não se respeitarem, não podem verdadeiramente respeitar os outros.

Repeitar-se a si não é uma incitação para impor a sua visão aos outros. É mais um convite para que várias realidades possam coabitar em paralelo, sem renunciar à sua essência e honrando igualmente a dos outros. Eis um equilíbrio muito nobre a onde se chegar.

A “abençoada cólera” é um elemento autorizado na encarnação. Em nome do amor as pessoas aceitam o inaceitável. E progressivamente, as liberdades individuais foram postas de lado em detrimento do equilíbrio da vida. Pouco a pouco os Seres renunciaram ao próprio fundamento da sua vida, segundo a qual cada expressão do Todo é soberano e livre nas suas escolhas. Este conceito foi tão mal amado no Planeta que trouxe a degradação de muitas formas de vida, que perderam a sua dignidade e o seu direito de existir. As formas minerais, vegetais, animais e humanas foram todas afectadas por esta situação.

O fogo é uma energia que traz equilíbrio aos Seres, convidando-os a a respeitar a vida em todas as suas facetas, pouco importando as formas. Se há uma só ordem a honrar na terra, essa é a de respeitar a vida e a liberdade de cada forma de expressão, pouco importa qual. (…)

Por intermédio do vosso fogo interior, podem encontrar e aprender a vossa força e a do vosso poder.”

O COLECTIVO ASTHAR

(canalização no livro Transition – Redefinir a dualidade - Ariane)o

"A ABENÇOADA RAIVA"

O que eu achei soberbo neste pequeno trecho que vos traduzo é realmente a noção vital de recuperar a nossa “abençoada raiva” ...

E como dizia ontem no meu texto acerca da necessidade das mulheres expressarem a sua raiva ou a sua cólera, porque as liberta, achei delicioso quando à noite ao ler este livro encontrei este texto.

É muito importante que se não perca o sentido do nosso poder interior, dessa força, do nosso fogo, da nossa expressão própria que é a da nossa dignidade como mulheres e não só claro, na expressão dos nossos sentimentos e que quando as coisas não correspondem à nossa verdade profunda não as podemos calar. Não é em nome da paz ou do amor ou do respeito do “outro” ou de um suposto caminho (deus ou mestre) que devemos abdicar do que sentimos e do respeito que devemos ter por nós mesmas.

Quando ontem dizia que muitos dos conceitos Nova Era são os mesmos preconceitos religiosos de sempre disfarçados de novos, em que realmente o ser humano se vê obrigado a manter uma atitude passiva e humilde ou não ousa dizer o que pensa e sente, temos que perceber que estamos no caminho errado.

Acho igualmente que muitas das teorias do “ser positivo” e olhar só “o lado bom das coisas” tambem pode ser uma armadilha a fim de não olharmos o lado que precisamos de facto olhar pela maneira preconceituosa como nos negamos a encarar a nossa sombra e a dos outros. Ora a sombra é indispensável para integrar os aspectos opostos da dualidade. E não é omitindo a sombra e não a querendo ver que saímos da dualidade e entramos no caminho do uno, com fizeram durantes séculos os cristãos, sempre em oposição e antagonismo entre o bem e o mal sem nunca discernir que ambas os aspectos estão em cada indivíduo. O que eu acho é que muitas das novas teorias, terapias e canalizões nos incitam a uma aceitação e apatia ou mesmo a uma alienação idêntica à das velhas religiões.

E a prova que tive de que a minha intuição e reservas quanto a tudo isso estava certa foi de facto ter caído sobre estas palavras sábias que nos incitam a, primeiro que tudo, respeitar-nos a nós mesmas antes do que quer que seja pois de outra forma não podemos respeitar nem amar ninguém nem nada.

RLP

2 comentários:

Nana Odara disse...

a new age é uma forma q o patriarcado criou de se infiltrar nos movimentos legitimos e manipular as massas sedentas para terapias do superficial... o banal transcendente... o extase do nada...
é preciso ter muito cuidado com esse rótulo...

rosaleonor disse...

sem dúvida que na maior parte dos casos é mesmo assim...vai tudo na mesma cantiga e já ninguém sabe o qu eé de facto verdade...a não ser no sue coração!

Fique atenta...ao bater do coração porque ele sabe quem fala verdade!!

Abraço

rleonor