O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 02, 2010

O MUNDO ARDENTE...


OS MISTÉRIOS

ou "a travessia das sete esferas planetárias"


"Pertencia ao ensinamento dos Mistérios, o simbolismo da travessia das sete esferas planetárias, no decorrer da qual a alma se desprende pouco a pouco das diferentes determinações ou condicionalidades a elas ligadas, e concebidas como outras tantas vestes ou roupagens a retirar, até atingir o estado da "nudez" completa do ser absoluto e simples, que só se encontra a si próprio quando se situa para além dos "sete".


Plotino recorda, justamente, neste contexto, aqueles que ascendem degrau por degrau aos Mistérios sagrados, ao mesmo tempo que vão despindo as suas vestes e avançam nus; e, no sofismo, fala-se de tamzig, a laceração da roupa durante o êxtase." (...)

in "A METAFÍSICA DO SEXO " de Julius Evola

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"Esta herança dos séculos se sedimenta no "cálice" como camadas ardentes;

portanto aqueles que carregam o fogo da síntese se manifestam como se carregassem o fardo dos séculos."


O Caminho para o Mundo Ardente

No caminho para o Mundo Ardente é preciso ter em mente que aquele que transmite liga as próprias energias com a Hierarquia. Tal compreensão leva à unidade do espírito, que é uno em sua essência.

Entre os seguidores do Ensinamento, os espíritos que tomam a si missões responsáveis devem ser especialmente notados. Quão mais responsável é carregar a síntese em comparação com a especialização !

O guia afirmado conhece todas as alegrias, toda a abrangência da síntese, mas ao mesmo tempo o peso de todos os fogos manifestados e não manifestados. Esta herança dos séculos se sedimenta no "cálice" como camadas ardentes; portanto aqueles que carregam o fogo da síntese se manifestam como se carregassem o fardo dos séculos.

O especialista, tendo um canal permanente para o fluxo de suas energias, raramente se sobrecarrega, mas o que carrega o fogo da síntese é um oceano tempestuoso de energias. O carma de quem carrega a síntese é muito belo, mas a carga é grande. Cada herança, mesmo se não se manifestar, vive e palpita no espírito. Um sentimento de não-satisfação e de aspiração para o aperfeiçoamento distingue os portadores da síntese.

Embora o caminho da especialização seja aparentemente difícil, o caminho do portador da síntese supera de todas as maneiras o caminho do especialista. Quantas buscas e conquistas abnegadas o portador da síntese revela na vida diária! Na verdade, cada fase do crescimento no caminho do portador da síntese é uma conquista do espírito. No caminho para o Mundo Ardente, é necessário reconhecer a conquista do portador da síntese ardente.

O indicador mais forte da conquista é a auto-abnegação. Atravessar o caminho da vida como um fio, passar por cimas de todos os abismos cantando, só é possível para o espírito abnegado.


( Agni Ioga - Mundo Ardente 1935 - p.74 )



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