O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 26, 2011

MULHERES PIONEIRAS - DE ONTEM E DE HOJE


O ABSOLUTO QUE PERTENCE À TERRA

"É Aqui nesta terra que todas as metamorfoses e todos os anseios se engendram. A cadeia dos seres que se estende para além dela só é reconhecida a partir dela. Àquele que a excede está prometido por isso um duplo regresso: ao arco-íris e à mina profunda do coração."

in O ABSOLUTO QUE PERTENCE À TERRA
Maria Filomena Molder
“Plantar árvores é não só amar a natureza. Mas ainda ser previdente quanto ao futuro, e generoso para com as gerações vindouras. Cortá-las ou arrancá-las a esmo, sem um motivo justo, é praticar um acto de selvajaria”. (16/2/1913)
(...)
“A árvore é um tecto, nos dias em que o sol ou a chuva nos surpreendem em plena estrada. A árvore é a cadeira onde nos sentamos para estudar, trabalhar e descansar das fadigas do dia.
(...)
A árvore é a essência medicamentosa que fornecerá o alívio aos tormentosos males que cruciam a precária humanidade. A árvore é confidente discreta dos namorados e a desvelada protectora dos pássaros – esses poetas do ar. A árvore é a maior riqueza da gleba, o maior tesouro dos campos e o maior encanto da paisagem!” (15/3/1914)

Alice Moderno – uma mulher pioneira (1867-1946)



“A revolta da mulher é a que leva à convulsão em todos os estratos sociais; nada fica de pé, nem relações de classe, nem de grupo, nem individuais, toda a repressão terá de ser desenraizada (...) Tudo terá de ser novo. E o problema da mulher no meio disto, não é o de perder ou ganhar, mas é o da sua identidade.”*


*Do livro Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, publicado em 1972

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