O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 21, 2011

AGORA OU NUNCA....

"AS MULHERES TÊM A OPORTUNIDADE DE MUDAR O MUNDO NESTAS PRÓXIMAS DÉCADAS. MAS SE O NÃO FIZEREM AGORA, PROVAVELMENTE JÁ NÃO O FARÃO."*


“Las mujeres tienen la oportunidad de cambiar el mundo en las próximas décadas. Pero que si no lo hacen ya, probablemente ya no lo harán”.

*Jean Shinoda Bolen


“TODAS AS MULHERES TÊM BASICAMENTE UMA ECOLHA:
“TRANSFORMA-TE OU MORRE”, DIZ-NOS A VELHA MÃE DA DISCÓRDIA.
“ERGUE-TE ATÉ ÀS ALTURAS DA GRANDEZA FEMININA OU JUNTA-TE À ESCÓRIA DA HUMANIDADE FEMININA. SE RESISTIRES À MINHA INFLUÊNCIA ESTAGNARÁS PARA SEMPRE.”

4 comentários:

Nicolli Francis disse...

mas transformar em que??? nas influencias da deusa lilith? gostaria de saber....

Maruska disse...

Visceral. Incomoda-me este silêncio. Quanto mais silêncio, mais parece que a idade das trevas descem como um manto sobre as mulheres. Posso parecer/soar a ridícula ao escrever isto, mas porque será que esta mudez não se exprime? Terão as mulheres a vergonha de se expor? Porque não participam? Porque terão de sempre ficarem caladas? Têm medo do ridículo ou têm medo de se denunciar? Rios de escrita sobre tesão e paixão e nada de essência ou condição humana! Será tudo isto tão pesado e ofensivo que há uma tabuleta – não com os dez mandamentos – onde se pode ler: proíbo qualquer pensamento sobre ti mesma, apenas deves fugir para a frente!
Tanta mitologia, tantos manuais de sobrevivência e conquistas, mas nada serve de nada; gera apenas, a focalização num poder medíocre. A selvajaria da vulgaridade é uma ofensa às grandezas do espírito que habita em todos nós. Como podemos – usando expressão da bíblia – ter caído tão baixo na condição de nós mesmas e perpetuar este sofrimento continuo das almas, do corpo?! Vive-se num faz de conta que a morte não nos tocará! Remetemos isso para um lugar em que não possamos sequer permitir o desviar do olhar.
Todos os eruditos e eventuais espiritualistas, na aproximação da morte, se negaram a escrever sobre ela, preferindo poemar sobre regiões que permitem a fuga!! Eles, também, tiveram medo e não o expressaram com clareza. A verdade, é que, eu entendo, mas não consigo me conformar e, ainda que o assunto me pese extremamente!! Só que apesar de ser algo inevitável, há uma negação quase criada para ser natural, de que isso não acontecerá; no entanto é esta negação à morte que faz com que não haja mudança.
Na vida, tudo o que o ser humano precisa, é de mudança. Mudar internamente, numa direcção que liberte dos grilhões que preparamos para nós mesmos e consequentemente para os outros.

Desconfio dos positivistas – na medida em que renegam a sombra, remetendo-as para o fundo do inconsciente, criando naquelas profundezas monstros que nem suspeitam. Alguém os haverá de carregar como bode-expiatório e isso é, se é possível. –
Não somos todas iguais, e este não sermos, faz toda a diferença. Por isso, devia existir muita informação. Não a mesma de sempre e fundada sobre regras deste mundo tão orquestrado por homens, em que as mulheres para merecerem um lugar à mesma luz deles, tenham que se transformar em seres parecidos com ele, distanciando-se de toda a natureza. A globalização não tem trazido boas coisas, basta olharmos à volta. Cada vez mais doenças, água contaminada, alteração do tempo! A própria terra tem um sistema biológico que depende da harmonia para se prolongar em recursos para estes habitantes que somos nós. Quando tudo fica estranho, contaminado, a terra, apenas fica com cólicas e começa a diarreia planetária!
Sempre que uma mulher se perde de si, uma árvore morre, um rio seca…

Um beijo.

Maruska disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maruska disse...

Relendo outra vez, e julgo que essa frase, de Bolen, é de muitos séculos... não é de décadas. É apenas mais uma mulher que com cuidado e sabedoria alerta e coloca com veneno - do bom - a possibilidade para que as mulheres possam abrir os olhos e ter uma consciência mais abrangente de si mesmas.
Cada coisa tem um lugar na vida, tal como a árvore nasce no solo e não no ar/céu?! Isto é, o que temos que, tentar encontrar dentro de nós. Mas aqueles que não estão preparados, nem devem sequer empreender essa luta, senão podem acabar loucos.

Na verdade as MULHERES, sempre e sempre, tiveram a oportunidade de mudar. Não mudar o mundo, porque isso é tarefa ardilosa, mas mudar um pouco aqui e ali dentro delas. Se cada uma fosse fazendo isso de forma secreta e com isso criasse-se uma ordem planetária, talvez o movimento das coisas, a própria vida do ser humano na terra mudasse. Só que há algo que ninguém se apercebe, as intenções ocultas muitas vezes não são tão claras, e por isso muitas vezes, o que surge é o PODER. A tarefa é difícil. Basta olharmos a história dos últimos séculos e mais séculos para poderemos constatar isso.

Mudar, é deixar de querer competir. Mudar é deixar de invejar a próxima. Mudar é olhar para dentro de si, procurar um espelho que não seja projectado. Difícil trabalho.
Há qualquer coisa em nós que não aceitamos e temos de descobrir!

Outro beijo! Quem acabará louca sou eu.. mas diante de escritos assim, acabo inspirando-me!!