O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 30, 2011

A MULHER QUE SE NÃO REVÊ NELA PRÓPRIA...

"CABE ÀS MULHERES REDESCOBRIR O FEMININO, DAR À LUZ UMA ALMA NOVA, CAPAZ DE ASSUMIR A SUA DIMENSÃO CÓSMICA" Antónia de Sousa


SIM, MAS A  BUSCA DA ESPIRITUALIDADE ANTES DA CONSCIÊNCIA PSICOLÓGICA E DE UMA INTEGRAÇÃO DAS DUAS MULHERES EM SI, NÃO É FAVORÁVEL À MULHER...


Penso que a mulher deve resgatar, antes da sua dimensão cósmica, a sua dimensão humana, numa imagem corpo de mulher que a dignifique e devolva a sua integridade...Há muitas mulheres a fugir para uma dimensão espiritual sem resolver os seus conflitos entre a imagem da mulher que os mídea e a cultura em geral lhes oferece de si e as avilta e deforma, e a sua realidade física e psicológica...
Muitas mulheres buscam consolo e compensação para o que julgam ser os seus complexos e inibições ou frustrações em terapias ou caminhos espirituais sem primeiro terem consciência do que realmente as oprime e sem se aperceberem sequer do quanto precisam de consciencializar-se do seu ser essencial enquanto Mulher-mulher.

A mulher parte muitas vezes ou quase sempre para a sua busca espiritual sem primeiro entender a sua natureza intrínseca e isso leva-a a viver processos simulados porque a sua estrutura interior e a sua consciência enquanto mulher integral não está activa...Isso acontece sistematicamente porque a mulher estando dividida em esteriótipos e fragmentada na sua pessoa, (carregando sempre consigo a imagem da mulher séria e a da pecadora) luta antes de tudo consigo mesma e espelhando essa luta contra as outras mulheres através da competição, do ciúme e da inveja, tal como o faziam com filhos e maridos e pais...fazem-no agora com os mestres e guias...e mentores.
Desta forma o grande e maior perigo é que "A espiritualidade pode tornar-se uma nova forma de alienação para a mulher..."*
rlp


*Luiza Frazão acrescentou: "A espiritualidade pode tornar-se uma nova forma de alienação para a mulher..."

2 comentários:

Maruska disse...

obrigada por publicar os textos anteriores. sinto-me estranha ao vê-los.

parece uma outra parte de mim a escrever!

Um abraço da Maruska Danuska

Ná M. disse...

Sem dúvida! Eu acredito que a mulher deve aprender a desenvolver sua individualidade, sua forma de estar no mundo, deve desenvolver sua psique, retomar o seu centro perdido.. Não sei oq pode acontecer, não sei como seria uma nova sociedade, não consigo imaginar oq aconteceria depois...Mas vejo o quão importante (e pq não, REAL), essa necessidade de conscientização...